Expectativa é que Hypermarcas continuará reportando fracos números, podendo apresentar melhoras no final de 2012
Após a divulgação dos resultados trimestrais, as ações da Hypermarcas amargaram queda de 8,6% na Bovespa.
Enquanto o Ibovespa se valorizou em 0,9%, as ações da Hypermarcas pagaram o preço pelo fraco resultado trimestral divulgado na manhã desta segunda-feira (7/11).
Diante do prejuízo de R$ 190,6 milhões no trimestre - acumulando prejuízo de R$ 104,2 milhões no ano -, não sobrou outra alternativa aos investidores senão se desfazer do papel.
A queda das ações listadas com o código HYPE3 foi de 8,57%, para R$ 7,68.
A informação que mais pesou sobre os papéis da companhia foi a revisão das expectativas.
Pela segunda vez no ano, a empresa rebaixou suas perspectivas para a geração operacional de caixa. Agora, a Hypermarcas trabalha com uma meta de R$ 700 milhões para o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização).
As expectativas para os papéis da companhia não são das melhores. Para Sandra Peres, analista da Coinvalores, a recuperação do tombo desta segunda-feira não deve vir no curto prazo.
"Qualquer alta por enquanto não deve ser firme, uma vez que os números não são consistentes", avalia.
O endividamento elevado da empresa não favorece em nada a avaliação do papel. Em momentos de turbulência econômica e instabilidade no mercado de capitais, o investidor tende a intensificar a fuga desse perfil de empresa.
"Eu não tenho recomendado o posicionamento nessas ações por enquanto", destaca Sandra. "Eu não vejo nenhum elemento para conduzir uma revalorização dos papéis tão cedo."
A perspectiva é que os ativos voltem ao valor de sua última captação somente no final de 2012.
No ano passado, a empresa levantou recursos por meio de uma oferta de ações, vendendo cada papel a R$ 21.
Veículo: Brasil Econômico