Setor têxtil busca competitividade

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Pesquisa realizada pela Abit e Mdic identifica hábitos de vestuário do consumidor brasileiro.


A Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit) e o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic) realizaram uma pesquisa para conhecer os hábitos de vestuário do consumidor brasileiro. O objetivo é aumentar a competitividade do setor, subsidiando as indústrias nacionais com informações que as ajudem a enfrentar de maneira mais eficaz a concorrência de produtos asiáticos.

Segundo o presidente da Abit, Aguinaldo Diniz Filho, uma das estratégias competitivas do setor têxtil é exatamente oferecer ao consumidor produtos e serviços que respondam aos seus anseios e necessidades de modo mais amplo e efetivo. "A pesquisa é uma ação conjunta do governo e da iniciativa privada para proporcionar à indústria nacional um ganho de competitividade", disse o dirigente em nota distribuída à imprensa.

O estudo aponta uma forte relação dos brasileiros com a moda e mostra que 70,7% das mulheres e 62,2% das pessoas em geral sofrem forte influência de artistas, modelos, cantores, jogadores de futebol e outras celebridades quando o assunto é roupa. As mulheres são também as maiores responsáveis pela escolha das peças de vestuário que serão usadas por elas e por seus familiares. Conforme a pesquisa, 84,6% das entrevistadas escolhem o que marido e filhos vão vestir.

Por sua vez, a televisão é apontada por 72% dos entrevistados como a principal fonte de informações sobre moda, sendo que Belo Horizonte é a capital com o menor percentual (59%) de consumidores preocupados em saber sobre os últimos lançamentos do setor de vestuário, contra 84,7% do público em geral. Porto Alegre é a cidade onde as pessoas mais se informam sobre o que deve ou não ser usado na temporada, com um percentual de 98,5%. Por outro lado, apenas 32,1% dos consumidores acompanham as semanas de moda, percentual que entre as mulheres é de 40,4% e, entre os homens, de 22,9%.


Propaganda - A pesquisa também indica que a propaganda é fundamental para quem trabalha com o vestuário, já que 47,5% das pessoas entrevistadas admitiram já ter comprado produtos da moda por influência da propaganda, percentual que sobe para 52,7% entre as mulheres. Outro dado relevante captado pelo estudo é que somente 27,1% dos consumidores se preocupam em verificar as etiquetas das roupas para conhecer sua procedência, ou seja, mais de 70% não se importam em saber se o produto é nacional ou em que país ele foi fabricado.

Outra informação importante mostra que 37,7% dos consumidores compram peças de vestuários e artigos de moda uma vez por mês, e 30,4% a cada três meses. No Brasil, a participação do gasto com vestuário no total de despesas das famílias é de 5,5%, índice que é maior da região Norte, com percentual de 7,4%.

As lojas de rua são as preferidas por 56,2% das pessoas para fazerem as compras, mas o estudo aponta que, quanto mais jovem o consumidor, maior a preferência pelas compras em shopping centers. Outro dado relevante é que a internet ainda não tem grande participação nas vendas do setor, já que somente 15,2% dos consumidores disseram já ter comprado peças de vestuário e artigos de moda usando a rede mundial.

Mas para proteger de fato a indústria têxtil e de confecção será necessário também ampliar as atribuições do Instituto Nacional de Metrologia, Normatização e Qualidade Industrial (Inmetro). A autarquia, vinculada ao Mdic, passará a se chamar Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia e atuará em aeroportos e portos, em conjunto com a Receita Federal, verificando a qualidade dos produtos importados para saber se eles cumprem os requisitos exigidos para os produtos brasileiros. A alteração integra a Medida Provisória 541/11, aprovada pela Câmara no final de outubro e que se encontra na fila da pauta de votação no Senado.


Veículo: Diário do Comércio - MG


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