O Natal chegou mais cedo neste ano. Pelo menos é isso que estão percebendo os empresários que trabalham com decoração natalina. As demandas, que no ano passado começaram a aparecer em novembro, já vêm aquecendo os negócios desde o início de outubro. Com isso, é esperado incremento de até 20% nas vendas deste ano sobre o mesmo período do exercício anterior.
A sócia-proprietária da Casa Futuro, Fernanda Travesso, mantém uma unidade fixa no bairro de Lourdes, na região Centro-Sul de Belo Horizonte, e outra temporária no BH Shopping, na mesma região. A empresa tanto presta serviços de decoração natalina quanto vende artigos de decoração para o Natal. Para ela, neste ano as pessoas estão buscando decorações maiores, com itens novos, o que faz com que a procura seja antecipada.
No ramo de varejo, uma das apostas da Casa Futuro é na nova classe C. Fernanda Travesso afirma que montou o mix da loja para o Natal de 2011 pensando também nas pessoas que estão buscando a primeira árvore, o primeiro arranjo e artigos de decoração mais baratos. "Antes, a decoração de Natal não cabia no orçamento dessas pessoas. Hoje, elas acreditam que têm um espaço no orçamento sim e estão investindo, mesmo que seja um valor menor", diz. Com esse novo público, ela acredita em um aumento no volume de clientes, o que irá compensar, mais para frente, as compras antecipadas de alguns consumidores.
Na prestação de serviços de decoração a demanda também começou cedo e o número de clientes está crescendo. A Casa Futuro atende desde prefeituras e empresas a condomínios. Ela é responsável pela ornamentação da Praça da Liberdade e da avenida Barbacena, tradicionais pontos de Belo Horizonte nessa época do ano. "Temos grandes clientes, mas o que tem surpreendido é que neste ano as pequenas empresas também estão buscando decorações significativas", observa.
Ao todo, a Casa Futuro deve registrar crescimento de 15% no período com relação ao ano passado. Fernanda Travesso considera o índice satisfatório. "Ainda mais que neste ano estamos em uma fase em que não acontecem muitas vendas de árvores. Temos um processo interessante de que ano sim ano não acontece a venda de árvores em maior volume, e este é o ano não", explica. Ela acredita que o prazo de dois anos é o que as pessoas precisam para trocar a árvore de Natal, por isso esse processo. "Mas estamos em um ano em que a procura por enfeites novos é muito grande", enfatiza.
Na Hogar, no Ponteio Lar Shopping, no bairro Santa Lúcia, região Centro-Sul de Belo Horizonte, a demanda também começou cedo. A proprietária do estabelecimento, Taciana Mascarenhas Paulino, afirma que registrou crescimento de 20% na procura por serviços de decoração de Natal com relação ao mesmo mês de 2010. Ela espera manter esse índice para todo o período. Nas vendas de artigos de decoração foi registrado incremento entre 4% e 5% no mesmo mês.
"Desde o início de outubro já estamos montando árvores na casa de clientes. Se continuar assim, o Natal deste ano será muito bom", diz. A empresária se prepara para essa temporada desde outubro do ano passado, quando participou de uma feira na China. Depois disso, passou por diversas feiras internacionais. " preciso para conhecer as tendências e montar o mix da loja", afirma.
Veículo: Diário do Comércio - MG