Estabilidade favorece gasto com higiene

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A estabilidade e o bom momento econômico vivido pelo Brasil nos últimos anos tem possibilitado à população gastar mais com saúde e higiene. Segundo o estudo "Projeto Farma Cosméticos 2011", da IPC Marketing, que publica anualmente o Índice de Potencialidade de Consumo dos brasileiros (IPC Maps) o consumo desses itens já representam 8% do total de gastos dos brasileiros, atingindo o montante de R$ 187 bilhões.

O objetivo da pesquisa é oferecer ao mercado de higiene e saúde, informações atualizadas do potencial de consumo e da estrutura de indústria, comércio e serviços, focando esse mercado, em cada um dos municípios brasileiros. "Dessa forma, o profissional do setor tem condições de avaliar se o resultado das vendas de um determinado produto que comercializa está dentro do esperado, analisando a potencialidade em cada mercado onde atua", explica o diretor da IPC Marketing e coordenador da pesquisa, Marcos Pazzini. Outra possibilidade é avaliar previamente o tamanho do mercado potencial em diferentes mercados e optar por aquele com as melhores condições para expansão ou investimentos.

Embora seja o primeiro ano do "Projeto Farma Cosméticos", Pazzini explica que é certo que o consumidor brasileiro está consumindo mais produtos do segmento, primeiro pelo envelhecimento da população e segundo pela estabilidade econômica e melhoria da renda média da população.

O estudo revela que 74% desses R$ 187 bilhões são destinados à saúde. Metade dessa fatia (cerca de R$ 69,8 bilhões) é puxada por medicamentos e a outra metade (cerca de R$ 68,4 bilhões) recai sobre todas as demais despesas, tais como planos de saúde, consultas médicas e dentárias, tratamentos ambulatoriais, hospitalização, exames e cirurgias. A demanda por produtos e serviços de cuidados pessoais, de higiene e cosméticos, responde por 26%, ou seja, R$ 48,8 bilhões, em 2011. O estudo leva em conta a população urbana que ascende a 84% dos 192,4 milhões de brasileiros, sendo 51% mulheres e 49% homens.

Um dos pontos destacados por Pazzini, diz respeito ao número de médicos relativo à população. No Brasil, existe, em média, 2,11 médicos por 1 mil habitantes. Apesar de ser bem maior que a média mundial, esse número indica uma grande defasagem, e mostra que ainda há bastante oportunidades para quem quer investir na área. "Quando tivermos diminuído essa diferença, principalmente no interior, aumentaremos o consumo desses itens e, claro, a produção. Atrás do atendimento médico vem o consumo de medicamentos e de toda a rede de produtos de higiene e cosmética", explica o coordenador.

A média de médicos no interior de Minas Gerais, 1,74 por 1 mil habitantes, é inferior à média nacional, enquanto que no total do Estado esta média é superior, atingindo 2,29. A média de Minas, apesar de superior à média nacional, é inferior à média da região Sudeste, que atinge 2,74 médicos por 1 mil habitantes, a maior entre as cinco regiões geográficas do país. O destaque, fica para Belo Horizonte, com média de 7,49 médicos por 1mil habitantes.



Veículo: Diário do Comércio - MG


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