Cinco grifes, incluindo Huis Clos e Juliana Jabour, vendem vestidos de festa na Riachuelo
Quem entra em loja da grife Huis Clos vai se deparar com bermudas que custam mais de R$ 500 e vestidos de mais de R$ 2 mil - preços que restringem bastante o público da marca. A partir do dia 4 de dezembro, porém, a rede Riachuelo vai vender vestidos com o "pedigree" da grife a menos de R$ 200. Dentro da experiência de trazer estilistas famosos - marcada principalmente pela coleção de Oskar Metsavaht, da Osklen, no verão de 2010 - para suas araras, o Grupo Guararapes resolveu investir este ano em vestidos de festa para o público feminino.
Para garantir variedade à coleção, a Riachuelo fechou contrato com cinco grifes este ano: além de Huis Clos, as marcas André Lima, Juliana Jabour, Maria Garcia e Martha Medeiros desenvolveram modelos que serão vendidos pela rede, conhecida pelo foco na classe C.
Segundo a gerente de marketing da Riachuelo, Marcella Martins, serão confeccionadas 60 mil peças ao todo. E ela assegura que, ao contrário do que ocorreu no ano passado, quando a coleção do dono da Osklen foi ampliada devido ao sucesso nas vendas, o mesmo não deverá ocorrer com a linha de vestidos. "Nenhuma mulher, de nenhuma classe social, gosta de ir a uma festa e ter alguém vestindo a mesma roupa. Para evitar que isso aconteça, limitamos a coleção a 2 mil peças por modelo", explica.
Preço baixo. Segundo Marcella, o objetivo da Riachuelo é trazer elementos de alta costura a suas lojas sem carregar demais no preço: a ideia é que as peças custem, no máximo, 20% a mais do que as roupas similares vendidas durante o ano todo na rede. "No caso dessa linha para as festas de fim de ano, teremos uma camiseta da Martha Medeiros que custará R$ 49,90 - será o item mais barato", exemplifica. As duas peças mais caras serão vestidos das marcas André Lima e Maria Garcia, que sairão por R$ 220. "No caso da Huis Clos, teremos vestidos que serão vendidos por volta de R$ 160 a R$ 180", explica a executiva.
Como a reedição dos modelos por enquanto está descartada, a Riachuelo optou por iniciar a venda dos vestidos dos cinco estilistas no primeiro domingo de dezembro. Assim, quem realmente estiver interessado em comprar uma peça poderá usar o dia livre para fazê-lo e não correr o risco de ficar sem o produto.
A primeira arma da Riachuelo para reduzir os preços das peças a até 10% do que custariam nas lojas dos designers é a produção nas fábricas do Grupo Guararapes, que controla a rede de magazines. As matérias-primas também passaram por adaptação. As roupas de Martha Medeiros, que geralmente são confeccionadas com renda feita à mão, foram feitas em renda comum, à máquina, nas fábricas do grupo. A construção das peças também foi simplificada, com os moldes complexos dando lugar a desenhos mais simples.
Veículo: O Estado de S.Paulo