A vaidade feminina tem se consolidado, cada vez mais, como um dos principais fatores para a expansão do setor de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos no Brasil. As mulheres são o público-alvo da indústria de cosméticos, principalmente com a entrada de 30 milhões de novos consumidores para a classe C. Em Minas Gerais, uma das empresas que está aproveitando o momento de aquecimento é a Glynett, indústria de cosméticos para cabelos, instalada em Lavras, na região Sul do Estado, que avança sobre o mercado nacional e internacional.
Após 10 anos de atividades, a empresa consolidou a sua expertise em produtos para cabelos e fórmulas químicas importadas da França, e hoje é referência no mercado brasileiro. Com 75 distribuidores em todo território nacional e presente em mais de 76,5 mil salões de beleza, a empresa registrou, nos últimos meses, crescimento de 32%, devido ao reaquecimento do mercado de cosméticos a partir de março deste ano. "Em janeiro e fevereiro de 2011, o baixo desempenho do setor jogou os índices de crescimento para baixo", conta o diretor industrial da Glynett, Paulo Sérgio da Silva.
Outro fator que contribuiu para o desempenho da empresa foi o desenvolvimento de novos produtos. Em maio, a Glynett colocou no mercado uma alternativa pioneira às famosas escovas progressivas, processo químico que, além de proibido, é o que mais danifica os fios do cabelo e provoca o desbotamento caso sejam tingidos. Segundo o diretor industrial, é a 2ª Geração da Escova de Carbocisteína, que não contém formol e promove o alisamento sem prejudicar a estrutura e a cor das madeixas. Além disto, não possui o cheiro desagradável dos outros processos químicos.
Portfólio - A demanda do mercado de beleza e estética fez com que a Glynett somasse ao seu portfólio uma linha de produtos próprios, uma nova linha de coloração - a Colorié Parfait - cujo lançamento era previsto para 2012, teve a entrada no mercado antecipada para este mês. Após investir cerca de R$ 800 mil no desenvolvimento do produto, o diretor comercial Gleno Marcio adianta que deverá ser aplicado pelo menos R$ 1,6 milhão na campanha de lançamento do produto do mercado.
"São 72 itens de cores, fora os acessórios, o que deve gerar um incremento de 30% a 40% no faturamento da empresa. Até porque a coloração é um das linhas consumidas nos salões pelas mulheres, que fazem os retoques todos os meses. Investir na vaidade é um dos pontos que mais nos animou a entrar nesse mercado", disse o diretor comercial. O setor de cosméticos, que gerou mais de R$ 24 bilhões em 2010, e segundo a Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC), posiciona o país com o terceiro maior mercado mundial.
Criada em 2001, a Glynett importou da França a consultoria do renomado químico e pesquisador da indústria de cosméticos, Jean Glynett. Fragrâncias francesas que hoje encantam os clientes da empresa e a queratina tratada que não tem cheiro ruim, são alguns itens criado por ele. "Através de consultoria permanente, foram criados produtos que servem como base para novos desenvolvimentos, garantindo versatilidade, praticidade e economia", explica o técnico da marca, der Gomes.
Uma das marcas da Glynett é a Escova à Francesa, primeira escova progressiva sem formol, lançada em 2004, que consolidou no mercado e alcançando seu posto como uma das melhores marcas no Brasil. A tecnologia hoje ganha o mercado internacional. "Hoje exportamos para os Estados Unidos, Argentina e Uruguai. Quando alguns clientes se mudaram para esses países e continuaram o uso dos produtos Glynett em seus salões de beleza, a marca foi ganhando reconhecimento e criou-se a necessidade de exportação de acordo com a demanda crescente", conta o diretor comercial, Gleno Márcio da Silva.
Veículo: Diário do Comércio - MG