Chuva irregular é risco para café

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As irregularidades das chuvas nas principais regiões cafeeiras do país acenderam sinal de alerta entre os produtores, que temem prejuízos na safra em 2012. Uma das preocupações dos cafeicultores é com a florada, condicionante para definir a quantidade de café na colheita, que até agora tem ficado abaixo do esperado, em razão da seca prolongada. O tema foi discutido em reunião da Comissão Nacional do Café da CNA, com a participação de lideranças de alguns estados produtores, do presidente da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Cafeicultura, deputado Diego Andrade (PSD-MG), e do deputado Paulo Piau (PMDB-MG).

Para o presidente da comissão, Breno Mesquita, ainda não há como mensurar possíveis prejuízos antes do primeiro levantamento de safra da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). No entanto, a falta de regularidade das chuvas, atípica nesta época do ano, tem causado apreensão no setor, pois 2012 é um ano de bianualidade positiva, ou seja, um período em que as previsões de safra são melhores do que as deste ano, para o qual está estimada colheita de aproximadamente 43 milhões de sacas.

"Qualquer previsão numérica sobre a safra do ano que vem é uma irresponsabilidade, mas estamos receosos com esta seca prolongada, pois a partir de setembro já costuma chover em algumas regiões e até agora não choveu em alguns municípios", observa Mesquita.

Outro tema tratado no encontro foi o Projeto Campo Futuro, desenvolvido pela CNA em parceria com a Universidade Federal de Lavras (Ufla), com o objetivo de levantar informações sobre os custos de produção de café nas principais regiões produtoras. Na ocasião, foram apresentados os resultados da apuração de dados feita em 2011.

Os integrantes da comissão discutiram também os efeitos da Resolução 4.014 do Conselho Monetário Nacional (CMN), que trata da destinação de linhas de crédito para o reescalonamento de débitos referentes à cafeicultura. A comissão debateu ainda a desoneração da cadeia produtiva do café, a partir do fim da cobrança do PIS e da Cofins. As informações são da CNA.


Veículo: Diário do Comércio - MG


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