Antônio Koerich, 75 anos, não passa despercebido quando circula por uma de suas lojas. O empresário é reconhecido e cumprimentado pelos clientes enquanto passeia nos corredores e acompanha o trabalho dos vendedores. Ele é o atual presidente da rede catarinense de lojas de móveis e eletroeletrônicos fundada pelo seu pai, Eugênio Raulino Koerich, em 1955, e personaliza a ideia de que a empresa é um negócio da família.
Além de Antonio, o filho e o neto também trabalham na administração da companhia. "Digo que aqui há a minha família de sangue e a minha família ampliada, que são os demais 1,4 mil colaboradores", diz Koerich. Os valores, a missão e foco da companhia estão presentes nos cartões de visita da rede e enfatizam a importância do respeito aos laços familiares.
De acordo com os planos da varejista, a expectativa é vender neste final de ano 15% a mais do que no Natal passado. Em 2010, a Koerich faturou R$ 384 milhões e espera fechar este ano com mais de R$ 440 milhões em vendas.
A rede trabalha com um projeto de expansão que prevê a inauguração de dez lojas até dezembro de 2012, chegando a 95 pontos de venda até lá. Para Antonio Koerich, o que irá determinar o ritmo dessa expansão é o resultado das vendas no próximo ano.
O presidente diz que a regra é não realizar investimentos sem ter dinheiro em caixa. Os planos, por enquanto, são manter a atuação no litoral catarinense, sem planos de expandir para o interior ou outros Estados. "Esse é o nosso foco. Poderemos sair para outros Estados, mas não é o nosso objetivo principal", disse.
Com 56 anos de história e 84 pontos de venda em Santa Catarina, a empresa é a terceira em número de lojas no Estado, mas a com maior concentração no litoral e na capital, Florianópolis - onde tem 13 lojas. Na região metropolitana, são mais 28 pontos de venda.
No Estado, a líder em número de lojas é a catarinense Berlanda, que tem sede no Meio-Oeste catarinense, com 187 lojas, e a Salfer, com sede no Norte, com 130 lojas em Santa Catarina.
O negócio da Koerich começou como um armazém de secos e molhados instalado no centro de Florianópolis. Em 1964, a empresa ingressou no ramo de venda de eletrodomésticos. A evolução da empresa da família acompanhou o desenvolvimento do varejo no Estado.
Em 2005, com 15 lojas, a rede Killar - que pertencia a um sobrinho de Antonio - foi vendida ao Magazine Luiza, o que determinou a expansão da rede nacional no Estado. "Respeitamos a concorrência, não vemos nela um inimigo. Aquele que está mais preparado para enfrentar o mercado irá se sobressair", diz o empresário, que não fala sobre o assédio de possíveis aquisições.
Desde o início, relata o presidente, a empresa investiu nos sorteios como uma forma de manter os clientes. Nos arquivos da companhia, ainda há um cupom para o sorteio de um Aero Willys datado de 1963. Este ano, a empresa vai investir mais de R$ 2 milhões nas campanhas de mídia de Natal.
O projeto é sortear um prêmio por dia até o começo de janeiro para os clientes com cartão Koerich - utilizado para o parcelamento das compras e para descontos aos bons pagadores.
Veículo: Valor Econômico