É a segunda região de Minas e a primeira do Sul do Estado a conquistar o selo de indicação geográfica.
Será realizada hoje, em Carmo de Minas, a cerimônia de entrega do registro de indicação de procedência para o café da região da Serra da Mantiqueira, concedido pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). O órgão reconhece dois tipos de indicação geográfica: o de procedência (IP) e denominação de origem (DO).
Esta é a segunda região mineira e a primeira do Sul de Minas a obter o selo de indicação geográfica (IG), na modalidade de indicação de orocedência do café. O Cerrado foi a primeira região que recebeu esse status, seguido agora da região da Serra da Mantiqueira, que é composta por 17 municípios.
O Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) realiza, desde 1995, o reconhecimento de origem e qualidade de cafés produzidos em algumas regiões do Estado, como Cerrado e Sul, além dos cafés das Matas e Chapadas. O objetivo é agregar valor e criar um diferencial dos produtos reconhecidos, para que eles ganhem mercado e preço.
A criação da região dos cafés da Serra da Mantiqueira aconteceu em 2006, através de portaria do IMA estabelecendo indicação geográfica protegida para o Sul do estado, com a denominação Região dos Cafés da Serra da Mantiqueira.
A marca geográfica prevista compreende as áreas de produção de café da Associação dos Produtores de Café da Mantiqueira, com sede no município de Carmo de Minas. A região se caracteriza pelas condições climáticas propícias ao cultivo e produção do café, além de uma tradição na produção de cafés especiais. Compete ao IMA oficializar as indicações geográficas no Estado, para fins de validação junto ao INPI.
Suporte - Segundo o diretor-geral do IMA, Altino Rodrigues Neto, o selo concedido pelo INPI é importante para que os produtores mineiros ganhem mercado com a agregação de valor ao produto. "E atesta para o consumidor que o produto em questão possui propriedades de origem e qualidade diferenciadas", completa.
Rodrigues ressalta, ainda, o trabalho de reconhecimento de origem de diversos produtos mineiros que o IMA executa. "Esse reconhecimento dá importante suporte aos produtores rurais, contribuindo para o desenvolvimento econômico das regiões produtoras de cafés e de outros produtos mineiros", ressalta.
O IMA já reconheceu outras seis regiões produtoras de café, além dos cafés das Terras Altas e do Alto Paraíso (ligado à cooperativa de São Sebastião do Paraíso) e de produtos artesanais da região Noroeste do Estado, denominados Dom de Minas, ligado à agricultura familiar.
Além disso, o instituto já reconhece no Estado a denominação de origem para o própolis verde, envolvendo mais de cem municípios mineiros, cuja DO pertence à Federação de Apicultura do Estado de Minas Gerais.
Outros trabalhos de indicação geográfica englobam os queijos artesanais das regiões do Serro, Cerrado, Canastra, Araxá, Alto Paranaíba e Campo das Vertentes.
Veículo: Diário do Comércio - MG