A Dell quer ampliar a presença de seus produtos em redes populares de comércio do Brasil. Segundo a companhia, mais da metade das lojas em que seus equipamentos são vendidos pertence ao chamado "varejo tecnológico", categoria na qual se encaixam redes como FastShop e Fnac.
Conhecida pelas vendas diretas - via telefone ou pela internet -, a Dell chegou ao varejo brasileiro em setembro de 2007. Na época, a região Sudeste teve prioridade na estratégia da companhia. Recentemente, no entanto, a região Nordeste e cidades do interior de São Paulo e do Rio Grande do Sul entraram no radar da Dell. É nessa fase de crescimento da marca em outras localidades que a companhia tem se voltado para redes de varejo popular.
"Estamos atentos ao caráter mais personalista da relação que essas lojas têm com os clientes", disse ao Valor Daniel Neiva, diretor de vendas para o consumidor final e pequenas e médias empresas da Dell Brasil.
Em 2011, a empresa duplicou o número de lojas para venda de seus produtos, superando mais de mil estabelecimentos, de acordo com informações divulgadas ontem pela Dell. Esse total inclui tanto redes populares quanto lojas especializadas em tecnologia. Segundo Raymundo Peixoto, diretor-geral da Dell Brasil, "esse foi um ano de investimentos em aproximação com o cliente".
O ganho de importância do varejo na estratégia da companhia tem se refletido na estrutura da operação brasileira. Recentemente, a companhia criou uma área voltada exclusivamente para esse canal de vendas. Neste ano, a Dell triplicou o número de funcionários focados no varejo, segundo Neiva. A empresa não divulga o número exato de contratações do departamento, mas afirma que mais de 50% das admissões na América Latina foram para a unidade no Brasil.
A companhia tem a expectativa de ampliar ainda mais a presença no comércio varejista em 2012, mas ainda não assegura se poderá repetir o desempenho deste ano. "Ainda não temos um plano definido de dobrar a presença no país", disse Neiva.
Veículo: Valor Econômico