Vendas do setor devem ficar mais aquecidas neste Natal em função da redução do IPI.


O varejo deve ficar mais aquecido neste Natal em função da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para produtos da linha branca, como geladeiras, fogões e máquinas de lavar. De acordo com o comércio especializado, em Minas Gerais os preços já começaram a ser reduzidos e devem cair de 5% a 8% para o consumidor final.

O governo federal vai reduzir até 10 pontos pecentuais no IPI dos produtos. O fogão teve a alíquota diminuída de imediato de 4% para zero. No caso de geladeiras, o tributo foi alterado de 15% para 5% e, para as máquinas de lavar, passou de 20% para 10%. Os tanquinhos, passaram de 10% para zero. A medida tem prazo de validade e expira em março de 2012.

Grandes redes de varejo como Extra, Walmart, Casas Bahia, Ponto Frio e Magazine Luiza já informaram que vão repassar imediatamente a redução de IPI aos consumidores, que começam a vigorar a partir de hoje.

As redes menores também estão otimistas com o anúncio. A Eletrozema, com sede em Araxá, no Alto Paranaíba, por exemplo, prevê um incremento de até 20% nas vendas do Natal em função da queda das alíquotas do IPI.

"Já começamos a remarcar os preços e a partir de amanhã (hoje), os produtos estarão mais baratos. E como se trata de uma medida por tempo limitado, a gente acredita que haverá uma procura maior nas lojas", afirmou o diretor-geral da Eletrozema, Romeu Zema.

A medida foi tomada pelo Ministério da Fazenda para evitar que a crise externa "contamine" a economia nacional e comprometa o crescimento do país. Além da linha branca, a construção civil e o setor de massas alimentícias também foram beneficiados pelo pacote de incentivos.


Setores - No caso da construção civil - a alíquota do Regime Especial de Tributação (RET) incidente nos imóveis que fazem parte do programa "Minha casa, minha vida", caiu de 6% para 1%; além disso a faixa do imóvel sobre a qual incide o tributo diferenciado será ampliada, o limite passa de R$ 75 mil para R$ 85 mil.

Para o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinducon-MG), Luiz Fernando Pires, a medida veio em boa hora para o setor que, embora aquecido, já sente os reflexos da acomodação. "Estava difícil atender ao Minha casa minha vida nos moldes atuais, já que os custos inviabilizavam as obras. Agora isso vai melhorar", afirmou.

Outro setor beneficiado com o pacote foi o de massas alimentícias. As medidas preveem imposto zero para o produto, que atualmente recolhe PIS/Cofins de 9,25% e passará a ter alíquota zero até 31 de julho de 2012.

A mineira Vilma Alimentos informou, em nota, que está analisando as medidas e "fazendo as contas" para avaliar o impacto. A princípio, segundo o grupo, o anúncio vai anular a elevação dos preços do macarrão decorrentes do reajuste salarial (cerca de 8%) e do aumento de custos em razão da elevação da taxa de câmbio e poderá refletir em uma redução no preço final.


Veículo: Diário do Comércio - MG