Procura por gelo sobe com as festas do fim de ano

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Fabricantes mineiros intensificam produção em dezembro diante do crescimento típico das encomendas nesta época.


Época de festas, o mês de dezembro é um dos mais esperados pelo setor de fábrica e revenda gelo. Nem mesmo a chuva e o clima às vezes frio são suficientes para "esfriar" os ânimos dos empresários do segmento, que estão apostando em lucros neste ano. Algumas empresas já estão preparando os estoques e reforçando a produção para atender os pedidos.

Com expectativa de incremento de até 50% nas vendas, a empresária Regina Mara Nunes, da Distribuidora RAL, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), afirma que, desde o feriado de 15 de novembro, vem aumentando a procura por gelo. Por semana saem em média 1.200 quilos (60 pacotes de 20kg). Ela explicou que a demanda é maior nesta época, principalmente, por parte das empresas que promovem as confraternizações, e recorrem ao gelo para resfriar bebidas. "Daqui para frente, até o Ano Novo, faça chuva ou faça sol os pedidos só aumentam", afirmou.

O mercado de produção de gelo em Minas Gerais é constituído, principalmente, por pequenas fábricas ou revendedores, que atendem à demanda regional. De acordo com dados da Junta Comercial do Estado de Minas Gerais (Jucemg), são 3.135 empresas, sendo a maioria (1.866) está localizadas na região Central do Estado. Estes números levam em conta firmas individuais, empresas limitadas e sociedades anônimas.

A concorrência com empresas locais e os altos gastos com energia elétrica são as principais dificuldades enfrentadas pelo setor e alvo de queixa dos empresários. "O problema é o preço da luz que representa 60% da nossa despesa, além disso temos o custo da embalagem, mão de obra e a ainda não podemos repassar o custo porque enfrentamos a concorrência desleal da revenda ilegal", disse o gerente da Geladinho, Luiz Antônio Mendes.


Indústria - A empresa há 15 anos produz e revende gelo para 18 municípios da região de Divinópolis, no Centro-Oeste. Apesar dos desafios, a Geladinho espera aumento nas vendas neste ano. "A expectativa são boas, mas nossos maiores clientes não são do varejo mas a indústria, que compra gelo em barra e tem peso maior no faturamento", disse.

Atuando no segmento há 20 anos, Joana Paula Silva Alves, proprietária da Central Peixaria e Fábrica de Gelo, em Araxá, no Alto Paranaíba, afirma que o clima chuvoso não deverá influenciar nos negócios no fim do ano. "O consumo é direto, independente se faz frio ou calor, se tem alguma festa sempre haverá demanda", disse.

Na fábrica de Araxá são produzidos gelo em barra e triturado (em embalagens de cinco, 10 e 20 quilos). Por mês são vendidos em média 5 mil pacotes, mas no final do ano este volume aumenta. A empresa adquiriu novos maquinários neste ano para elevar a sua produção para 7 mil pacotes por mês. "Estamos nos preparando para atender ao crescimento em média de 15% em relação ao volume do ano passado", afirmou.

O empresário Felipe Guerra, da Gelo Genial, de Juiz de Fora, na Zona da Mata, assumiu há nove meses a direção de uma empresa com mais de 35 anos no mercado. Apesar de novo no ramo, chega com expectativa de que o negócio é bom. "Se não chover muito, acho que podemos ter um resultado satisfatório. O mês que tem maior volume de vendas é o de dezembro e, por causa disso, é o período de maior produção", ressaltou.


Veículo: Diário do Comércio - MG


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