Agentes consultados pelo Centro de Estudo e Pesquisa em Economia Aplicada (Cepea) estimam que entre 70% e 80% da safra de laranja tenha sido colhida até o final de novembro, mas a moagem da fruta deve seguir até fevereiro. Como uma parte da fruta ainda a ser processada já está contratada, poucas fábricas têm feito novos contratos, e as negociações que são fechadas se dão com prazos de pagamento mais longos, mas são mantidos os preços mínimos acordados com o governo.
Em relação ao mercado in natura no Estado de São Paulo, produtores comentam que a disponibilidade de pêra tem diminuído, mas tem-se intensificado a colheita de variedades tardias, como laranja-natal e valência.
Neste cenário, conforme dados do Cepea, a média parcial da semana passada da laranja-pêra foi de R$ 9,36 a caixa de 40,8 kg na árvore, queda de 2,4% em relação à semana anterior. Já a valência foi cotada a R$ 8,37 a caixa; em novembro, a média foi de R$ 8,27 a caixa. No mercado de lima ácida tahiti, os preços têm recuado a cada semana, segundo levantamentos do Cepea. De segunda a quinta, a lima ácida tahiti teve média de R$ 23,54 a caixa de 27 kg, colhida, queda de 13% em relação à semana anterior.
Apesar do avanço da safra, o número de negócios de laranja com a indústria na modalidade spot captado pelo Cepea tem sido insuficiente para a elaboração de médias de preços que atendam aos critérios metodológicos das instituições.
Neste ano, muitas vendas para a indústria se baseiam no valor da Linha Especial de Crédito (LEC) acrescido de participação do preço internacional do suco - a ser definido no final da safra. Por esse motivo a tabela "Laranja Indústria" não tem sido atualizada.
Veículo: DCI