Menor oferta de produtos no entreposto de Contagem provocou retração nos negócios.
A menor oferta de produtos no entreposto de Contagem da Centrais de Abastecimento de Minas Gerais (Ceasa Minas) provocou queda de 8,4% no faturamento, em novembro, na comparação com o mês anterior. No período o faturamento médio estimado ficou em torno de R$ 304,943 milhões, contra R$ 332,104 milhões gerados em outubro. A tendência é de que a oferta seja regularizada a partir deste mês.
De acordo com o chefe da Seção de Informações de Mercado da Ceasa Minas, Ricardo Fernandes Martins, em novembro foram ofertadas mais de 193 mil toneladas de produtos distribuídos nos segmentos de hortifrutigranjeiros, industrializados e cereais. O volume, ao longo de novembro, ficou 6,1% inferior à oferta de outubro e 2,8% superior a novembro de 2010.
"A retração nos resultados já era esperada. Tradicionalmente, entre setembro e outubro, os comerciantes investem na composição dos estoques para as festas de fim de ano. Em novembro a movimentação é reduzida e voltada principalmente para a recomposição dos mesmos", disse Martins.
As expectativas em relação a este mês são positivas. A demanda por produtos no atacado e varejo já foi impulsionada. "A procura por produtos tradicionais para as festas de fim de ano está aquecida e deve ser ainda mais alavancada pelo pagamento da segunda parcela do 13º salário".
O faturamento do grupo dos hortigranjeiros, formado por hortaliças, frutas e ovos, ficou em R$ 140,12 milhões. A oferta de produtos alcançou 122,381 mil toneladas, em relação ao mesmo mês do ano passado, foi observada alta de 5,2% e queda de 1,6% se comparado com outubro.
Hortaliças - No grupo das hortaliças foram ofertados em novembro cerca de 64,125 mil toneladas, com alta de 1,1% no volume ofertado em outubro e de 3,9% sobre novembro de 2010. Houve incremento de 12,7% nos preços médios se confrontados com os praticados em novembro de 2010 e queda de 2,2% sobre a cotação de outubro. O valor médio pago pelo quilo de hortaliças foi de R$ 0,89.
No segmento das frutas, foram disponibilizadas 55,4 mil toneladas, o que representa recuo de 2,5% frente a outubro. Na comparação com novembro de 2010, a situação se manteve praticamente estável, com variação positiva de apenas 0,9%. O preço médio pago pelo quilo de fruta foi de R$ 1,37, valor 2,2% maior que os praticados no mês anterior.
O aumento nos valores das frutas em novembro foi causado pela entrada em período de entressafra de vários produtos de peso, como abacate, mamão das variedades formosa e havaí, e a tangerina ponkan.
Em novembro, a oferta de produtos industrializados ficou 13,9% inferior a outubro. Ao todo foram ofertados na Ceasa Minas 64,06 mil toneladas de produtos. O preço médio do grupo foi de R$ 2,41 por quilo, valor 1,3% maior que os praticados em outubro. O faturamento total do grupo chegou a R$ 154 milhões, contra R$ 176,7 milhões negociados no mês anterior, uma queda de 14,2%.
No grupo dos cereais, o faturamento estimado com a comercialização dos itens é de R$ 10,242 milhões, contra os R$ 10,621 milhões faturados anteriormente, o que representa queda de 3,7%. Em novembro, foram ofertadas 7.188 toneladas de produtos, volume inferior em 3,4% em relação a outubro e menor em 5,3% em relação a novembro de 2010.
O quilo dos produtos foi comercializado em média a R$ 1,42, valor 10,7% inferior ao vigente em novembro de 2010 e praticamente estável em relação a outubro, com variação negativa de apenas 0,7%. Os principais produtos que contribuíram para a queda foi o feijão, devido ao ingresso do grão vindo de São Paulo e Paraná, o milho, que deverá ter a oferta ampliada na safra atual, e o arroz.
Veículo: Diário do Comércio - MG