O dono da líder de mercado em um segmento que se consolida cada vez mais por meio de fusões e aquisições, a rede de farmácias Pague Menos, Deusmar de Queiroz, afirmou ontem que o futuro da companhia se baseia em crescimento orgânico e individual. O empresário negou o rumor de que estaria negociando uma junção com a concorrente Ultrafarma.
"Melhor só do que mal acompanhado", disse Queiroz. Nesta segunda-feira, circulou a hipótese de uma possível negociação entre o controlador da Pague Menos e o executivo Sidney Oliveira, que preside a Ultrafarma. "Era só um jantar informal", defendeu Queiroz, referindo-se a um encontro que os dois empresários tiveram no Ceará e que, segundo ele, teria gerado o boato.
Em 2011, duas fusões concentraram o segmento farmacêutico: em agosto, a Drogaria São Paulo juntou-se à Pacheco, formando a DPSP, com receita de R$ 4,4 bilhões; logo depois, a Droga Raia e a Drogasil também se fundiram, criando a Raia Drogasil, de R$ 4,1 bilhões; e além destes casos, a BR Pharma fez três aquisições ao longo do ano.
"[Os nossos concorrentes] viram que não conseguiam vencer a Pague Menos sozinhos, e precisaram se juntar", provocou Queiroz, cuja rede de farmácias foi a única, entre as líderes, que se manteve livre de incorporações.
A Pague Menos continuará investindo em sua própria expansão orgânica no ano que vem, e o dono da companhia prevê a abertura de 90 lojas e um faturamento de R$ 3,6 bilhões. "Talvez não dê para crescer 28%, como neste ano, mas 25% ou 26% é possível", disse ele.
O capital da empresa deve ser definitivamente aberto em 2012, segundo Queiroz, já que em 2011 não foi possível completar o processo - devido às inseguranças atuais do mercado financeiro, na opinião do empresário. Espera-se que o IPO alavanque ainda mais o crescimento do negócio.
A Pague Menos trabalha com uma meta de inaugurar 300 lojas até 2015, ao custo médio de R$ 1 milhão por unidade. Se o plano se concretizar ao pé de letra, a Pague Menos terá 764 lojas daqui quatro anos. Também está planejada a criação de uma central de distribuição em São Paulo, para atender às demandas do sul e do sudeste, onde a companhia controla 70 lojas.
Veículo: DCI