Aumento nas vendas do segmento se deve, também, ao acréscimo de pontos de venda no país.
Dezembro, comparado aos demais meses, mostra crescimento médio de 15% na comercialização de flores. As brancas e vermelhas são as mais procuradas da época. Rosas, violetas, orquídeas, cravos, lírios, azaleias, begônias e gérberas estão entre as preferidas para os arranjos de Natal e Ano Novo.
Além do tradicional crescimento do mês, o ano de 2011 marcou um aumento de 8,3% na comparação com o mesmo período de 2010. De janeiro a novembro do ano passado foram comercializadas 23,5 mil toneladas de flores de corte e vaso. Neste ano, o número subiu para mais de 47 mil toneladas. O economista da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), Flávio Godas, explica que o aumento no consumo se deve, principalmente, ao acréscimo de pontos de venda no país. "Cresceram o número de supermercados, feiras e lojas especializadas que comercializam flores", afirma.
Apesar disso, o setor ainda tem muito a crescer. "O consumo brasileiro de flores é baixo quando comparado a outros países. Temos um consumo de US$ 7 per capita, enquanto alguns países da Europa chegam a alcançar US$ 100", declara Godas. No entanto, "o maior investimento por parte do produtor, maior número de variedades, a maior concorrência e conseqüente queda nos preços contribuem para que o setor continue em crescimento", pondera.
A Ceagesp, vinculada ao Ministério da Agricultura, possui a maior feira de flores do país e uma das maiores do mundo. No Natal e Ano Novo, as flores mais utilizadas são encontradas em preços variados. O vaso da azaléia custa entre R$ 3 e R$ 6; o bico-de-papagaio de R$ 5 a R$ 6; o lírio de R$ 14 a R$ 16 a dúzia; rosas custam de R$ 6 a R$ 15, dependendo da variedade. A flor que apresenta maior variação de preço é a orquídea com o valor variando entre R$ 15 e R$ 100 o vaso; e entre R$ 1 e R$ 5 no caso da flor de corte.
Localizada na cidade de São Paulo, em uma área de mais de 20 mil m2, a feira de flores da Ceagesp comercializa para praticamente todo o país. Mensalmente, passam pela feira cerca de 4 mil toneladas de flores de corte e de vaso. O mercado abrange ainda comerciantes de plantas, grama, mudas, vasos, acessórios e artesanato e gera uma receita mensal de R$ 20 milhões.
Veículo: Diário do Comércio - MG