Rede supermercadista pretende abrir unidades no interior do Estado com a bandeira Apoio.
Enquanto empresas de diversos setores já sentem os efeitos da crise internacional com retração no faturamento e demissões, o Grupo Super Nosso/Apoio Mineiro anda na contramão do cenário pessimista. Conforme o presidente da rede supermercadista, Euler Nejm, ainda não há sinais de que as turbulências do mercado mundial afetem os negócios da companhia, que já planeja, inclusive, estender sua atuação, hoje limitada à Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), para o interior do Estado.
Nejm afirma que o plano de alçar voos para outras localidades deve ganhar forma em 2013, por meio da bandeira Apoio, voltada para um mercado mais popular. Isso porque, segundo ele, diferentemente do que ocorre com o Super Nosso, essa marca pode ser padronizada mais facilmente.
Já para a rede direcionada para as classes A e B ele garante que, por enquanto, o objetivo é continuar com as operações restritas à Capital. "Padronizar o Super Nosso é difícil, devido ao nosso trabalho diferenciado em mix de produtos, serviços e atendimento", explica.
No momento, o grupo já está fazendo estudos de viabilidade para definir os alvos no interior de Minas Gerais. Embora não tenha citado municípios, o presidente adianta que a empresa pretende se instalar em cidades-polo com populações expressivas. O empresário já considera, inclusive, expandir o Apoio Mineiro para outros estados, após a experiência no interior de Minas.
Os planos de crescimento foram divulgados em um momento em que a firma comemora os resultados positivos obtidos em 2011, quando precisou rever suas projeções de incremento de 15% para 25%. Além das redes supermercadistas, o grupo mantém duas distribuidoras que respondem por 20% do faturamento total. A receita do Super Nosso/Apoio Mineiro não foi revelada.
Segundo Nejm, o salto expressivo em 2011, é fruto do fato de que os consumidores que continuam movimentando o varejo no país são, justamente, as classes A e C, atendidas respectivamente, pelo Super Nosso e Apoio. "Além disso, o setor de alimentos é sempre o último a ser atingido por uma crise e o primeiro a sair", enfatiza.
No momento, existem 14 lojas Super Nosso e oito Apoio na Grande BH, sendo que quatro delas - duas de cada bandeira - foram inauguradas neste ano mediante aportes de R$ 3 milhões por ponto de venda. Para 2012, ano em que a expectativa é lucrar 15% a mais do que em 2011, a ideia é abrir outras quatro unidades. Duas unidades Apoio serão instaladas em Justinópolis e em Ribeirão das Neves, na RMBH, e duas Super Nosso em regiões ainda não definidas.
Panificação - Outra novidade para 2012 é a inauguração de uma central de panificação em Contagem. Com a nova estrutura, a companhia vai concentrar a produção de todas as lojas em um só local, garantindo maior padronização das receitas. Hoje cada ponto de venda mantém fabricação própria que recebe o apoio de uma mini central. Conforme Nejm a padaria do grupo tem um mix de mais de 1 mil produtos e responde por 5% do faturamento da companhia.
Ainda para ganhar mais competitividade, deve ser inaugurado também em 2012, um novo centro de distribuição (CD). O grupo não definiu se irá investir em uma estrutura completamente nova, ou na ampliação do CD de Contagem, que ocupa uma área de 1 mil metros quadrados.
Veículo: Diário do Comércio - MG