Riachuelo entra no comércio eletrônico

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Varejista investe R$ 360 milhões, amplia produção e abre mais 30 lojas

Investimento da varejista deve gerar 6.000 contratações na área fabril e na cadeia de suprimentos

A rede Riachuelo pretende investir cerca de R$ 360 milhões no mercado brasileiro em 2012, recorde de aporte anual já feito pela empresa.

A estratégia passa pela abertura de 30 novas lojas, criação da versão on-line, expansão da produção das fábricas, e aumento dos funcionários das áreas industriais e de financiamento.

Hoje, a rede tem 145 lojas e seis fábricas, no Rio Grande do Norte e Ceará, com mais de 16 mil funcionários, fruto da integração com o braço de malharia do grupo Guararapes, seu controlador.

Para cada nova loja aberta, com cerca de cem funcionários, é necessário o dobro de empregados para as áreas fabris e da cadeia de suprimentos, sugerindo a contratação de 6.000 pessoas.

"O plano agressivo de expansão está relacionado ao momento do varejo brasileiro. Hoje, este é um mercado de 9 bilhões de peças e precisamos ocupar esse espaço", disse à Folha Flávio Rocha, presidente da Riachuelo.

As vendas anuais da Riachuelo chegam a 110 milhões de peças. Segundo Rocha, a intenção é reforçar a presença no Rio e em São Paulo, principais mercados, hoje com 54 pontos de venda.

A Riachuelo pretende inaugurar sua loja virtual no segundo semestre do ano.

LOJA VIRTUAL

A operação on-line será gerenciada pela mesma estrutura responsável pelo segmento de varejo tradicional, com exceção da logística, que será terceirizada.

Segundo Rocha, a empresa enfrentará o desafio comum às lojas de vestuário no país de popularizar as vendas de roupas pela internet.

"Imaginamos que será importante a entrada nas vendas on-line, mas não é algo que deve representar 10% ou 20% das vendas", afirmou. "Até agora, ninguém descobriu a forma de tornar o vestuário on-line expressivo."

Questionado sobre possíveis concorrentes que devem desembarcar no país -como a americana Gap e a sueca H&M-, Rocha afirma que não há preocupação.

"Vemos com naturalidade a chegada dos concorrentes internacionais, não dá para fazer reserva de mercado."

Segundo Rocha, o desafio maior do varejo nos últimos anos foi a competição com lojas que vendem sem nota fiscal ou que comercializam produtos irregulares.

Em 2010, último ano com dados divulgados, o grupo que controla a Riachuelo faturou cerca de R$ 4 bilhões.

Segundo a consultoria Gouvêa de Souza (GS&MD), o varejo brasileiro movimentou R$ 730 bilhões em 2010.


Veículo: Folha de S.Paulo


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