Gradação vai além do P, M e G; comprimento da calça e bojo do sutiã são exemplos
O Brasil dará os primeiros passos neste ano para ampliar as informações nas etiquetas das roupas, com o detalhamento das medidas das peças masculinas a partir de março. Nas grandes lojas dos EUA, porém, já existem -e ficam mais difundidas- diferentes maneiras de medir e orientar o consumidor.
Além dos tamanhos pequenos, médios e grandes, há escalas paralelas tanto para os que precisam de roupas menores quanto para os que usam GG. Também há matizes para o comprimento da calça, o bojo do sutiã e a largura do sapato, por exemplo.
Algumas dessas opções são disponibilizadas por fabricantes no Brasil, mas nos EUA a gradação é comum, assim como a adaptação das roupas às características da população.
A política de trocas também beneficia o consumidor que eventualmente erra: qualquer um pode trocar qualquer item -geralmente em até 30 dias-, independentemente do motivo da devolução. No Brasil, as lojas adotam política de troca por conta própria, mas não são obrigadas pela lei a conceder um prazo assim longo para que o cliente se arrependa da compra.
ADAPTAÇÃO
Tek Tevin, gerente de uma das lojas da Uniqlo, diz que a empresa se adaptou para vender nos EUA. "Como somos uma empresa japonesa, tivemos que nos ajustar. Os tamanhos que vendemos na Europa e no Japão são menores."
Mesmo nos EUA não há uma regra que determine que o tamanho pequeno deve ter sempre as mesmas dimensões em todas as indústrias, mas Margaret Holt, professora do Instituto de Tecnologia da Moda, em Nova York, nota que a prática de informar os consumidores sobre a correspondência entre os tamanhos e as medidas em centímetros ou polegadas está ficando mais disseminada.
Isso vale mesmo nas roupas para crianças. Holt diz que um número maior de marcas infantis passaram a informar peso e altura da criança que vestiria aquele tamanho nas etiquetas, além de ampliar opções para tamanhos grandes.
"Há tamanhos que correspondem a duas ou três vezes o tamanho grande normal."
"Muitas empresas têm reconhecido que os adolescentes estão ficando maiores e começaram a fazer tamanhos 'juniors plus'", diz Lisa Alpern, especialista em moda que mantém um site voltado a pessoas acima do peso.
Veículo: Folha de S.Paulo