Ao mesmo tempo que busca equacionar os altos custos de produção do alumínio, a Alcoa avalia uma série de novas atividades a serem introduzidas no Brasil no segmento de transformação do metal. A empresa analisa, por exemplo, o mercado de latas para bebidas e pode entrar como fornecedora de chapas para a produção das embalagens.
"A Alcoa quer voltar a ser como era antes, fabricante da cadeia como um todo", afirmou ao Valor, o presidente da Alcoa para a América Latina e Caribe, Franklin Feder.
Hoje, os fabricantes de latas de alumínio para cervejas, sucos, chás e refrigerantes contam com poucos grandes fornecedores. A Novelis está envolvida em um grande projeto de expansão e exemplifica o interesse dessas empresas, que acompanha o ápice da indústria de latinhas.
Ao longo de 2010, uma série de anúncios de aumento de capacidade foram feitos pelas fabricantes de embalagens, na tentativa de atender o crescimento da demanda. Segundo dados da Abralatas, entidade dos fabricantes, foram comercializadas mais de 17 bilhões de unidades, alta de 17% frente a 2009. Em 2011, mesmo com a desaceleração do país, deve ter crescido de 4% a 5%.
Para entrar nesse mercado, a Alcoa planeja importar chapas de outras subsidiárias e fazer o acabamento no Brasil. "Mesmo com o setor em alta, o Brasil ainda não tem espaço para um segundo laminador a quente (máquina necessária para fabricar a chapa e que custaria em torno de US$ 1 bilhão)", explicou Feder. Entre as outras áreas analisadas pela multinacional estão a de óleo e gás - para a qual a Alcoa forneceria tubulações de alumínio - e a de fachadas para o mercado imobiliário.
Veículo: Valor Econômico