Desde que foi criada, em 2008, a empresa mineira especializada em tingimento e impressão digital em múltiplos tecidos, a Criata, vem registrando incremento acima de 100% ao ano. Para suportar o crescimento, a empresa está preparando sua expansão. Em março ela deixará o espaço de 600 metros quadrados que ocupa no bairro Buritis, na região Oeste de Belo Horizonte, e irá se instalar em um galpão de 1,8 mil metros quadrados no bairro Caiçara, na região Noroeste da capital mineira. O valor do aporte na mudança não foi revelado.
O diretor da Criata, Evando Abreu, explica que a empresa foi criada em 2008 com apenas uma máquina de impressão têxtil. Já em atividade a empresa foi crescendo por meio de investimento de quase todo o faturamento em novos equipamentos. Hoje, ela possui maquinário para impressão em qualquer tipo de tecido e, em breve, irá aumentar consideravelmente sua capacidade produtiva por meio de um novo equipamento que irá chegar da Europa.
Abreu explica que a Criata opera hoje com cerca de 80% da capacidade das máquinas devido às limitações de espaço. "Para iniciar um trabalho eu preciso terminar o anterior, pois não tenho como armazenar o produto. A falta de espaço engessa a produção, com o aumento do espaço físico vou conseguir aumentar a produção", afirma sem revelar números. O imóvel que irá abrigar a nova sede é alugado. De acordo com ele, a empresa preferiu aportar o capital em equipamentos e a sede própria faz parte de planos futuros.
Capacidade - A expectativa é que a máquina comece a operar até o fim do primeiro semestre deste ano. Com isso, a capacidade produtiva da empresa aumentaria muito. Hoje, a Criata produz entre 20 mil e 30 mil metros de tecido por mês.
Com o novo equipamento e o espaço maior, a produção pode chegar a 150 mil metros de tecido no mesmo período. "Nossa meta é alcança grandes produções, acima de 1 mil metros", diz. Para isso, a empresa pretende firmar parceria com grandes indústrias têxteis.
"Muitas empresas do setor têxtil ainda não adquiriram os equipamentos de tingimento e impressão digital em tecidos e pode ser interessante para elas firmar parceria com empresas que detém essa tecnologia, pelo menos enquanto não fazem a transição da impressão tradicional para a digital", observa.
Ele explica que o tingimento digital não modifica a fibra do tecido, o que dá maior qualidade ao trabalho, e que o processo permite a produção de quantidades menores de tecido com determinada estampa, o que é ideal para a produção de peças exclusivas pelas confecções.
Outro nicho de mercado que a Criata pretende atuar é o de publicidade. Recentemente a empresa substituiu as lonas plásticas dos postos de combustíveis com a bandeira Ale pelas lonas têxteis; o mesmo trabalho está sendo realizado nos postos da Petrobras.
Abreu explica que a empresa desenvolveu um tecido reforçado que possui o caimento parecido com a lona. Ele garante que a qualidade de impressão é superior. "Esse novo produto ainda não agride o meio ambiente, já que o tecido pode ser tingido e reaproveitado depois em bolsas, sacolas retornáveis e até mesmo em peças de roupas que poderiam ser doadas a pessoas carentes", observa.
Alternativa - Abreu destaca que a principal bandeira da Criata para este ano será a substituição dos materiais de plástico pelo de tecido. " um mercado que está começando agora. Muitas agências de publicidade nem conhecem os banners de tecido. Essa conscientização para a mudança do material é complicada e demanda tempo", afirma. Outro material produzido pela empresa é o adesivo decorativo em tecido, que substitui os convencionais.
Com todas essas frentes de trabalho, a Criata espera crescimento acima da média de 100% que vem apresentado nos últimos anos em 2012 sobre 2011. "Começamos pequenos, então no início incremento de 100% era pouco, mas hoje já é algo bem significativo", explica Abreu.
Ele pretende ampliar o quadro de funcionários de 26 hoje para 40 até o final do ano. "Nosso circuito é automatizado e a mão de obra especializada. Isso exige treinamento que é feito dentro da própria empresa já que é um serviço que há pouco tempo não existia no mercado mineiro", afirma.
Veículo: Diário do Comércio - MG