As vendas dos shoppings centers do país cresceram 18,6% em 2011, atingindo o montante de R$ 108 bilhões, segundo dados coletados pela consultoria PWC, sob encomenda da Associação Brasileira de Shoppings Centers (Abrasce). De acordo com nota divulgada ontem pela entidade, o setor seguiu aquecido e superou as previsões de crescimento de 12%, mesmo com as medidas de contenção ao crédito anunciadas no segundo semestre de 2011 pelo governo federal e com a desaceleração do crescimento da economia nacional.
Já no Natal de 2011 as vendas dos shoppings brasileiros cresceram de 11% a 12% em relação ao mesmo período de 2010, de acordo com dados preliminares do presidente da Abrasce, Luiz Fernando Viega. Segundo ele, o crescimento demonstra que o consumidor que freqüenta os estabelecimentos continua confiante, apesar do desaquecimento das vendas do varejo tradicional.
O resultado, no entanto, ficou abaixo da expectativa de alta de 14% divulgada em outubro pela entidade. Viega atribuiu o crescimento menor que o previsto ao efeito psicológico negativo sobre o consumidor por causa do noticiário sobre a crise internacional.
O total de malls no Brasil atingiu 430 no fim de 2011, ultrapassando a marca de 10 milhões de metros quadrados em área bruta locável (ABL), empregando 775 mil pessoas. Para este ano, a Abrasce prevê alta de 12% nas vendas e inauguração de mais 43 centros de compras, sendo 29 em cidades do interior. Os novos empreendimentos devem somar cerca de 1,5 milhão de metros quadrados de ABL e aproximadamente 115 mil novos empregos.
Em 2011, o faturamento dos shoppings centers atingiu recorde de R$ 108 bilhões, aumento de 18,6% ante 2010. O crescimento maior foi registrado no setores de lazer e entretenimento, lojas diversas e alimentação. Para 2012, a projeção é de uma alta das vendas da ordem de 12%, o que representa uma desaceleração em relação aos níveis atuais. "Prefiro fazer uma projeção mais conservadora porque acredito que o País ainda pode sofrer algum efeito da crise internacional", justificou Viega.
O setor gerou 55 mil vagas de emprego no ano passado, chegando a 775 mil. Para este ano, a projeção é de criação de aproximadamente 115 mil postos de trabalho.
Entre os 376 milhões de pessoas que freqüentaram os shoppings do país em 2011, em média, por mês, 56% são das classe A e B, ainda predominante, e 44% são das classes C e D. No ano anterior, esses números eram de 66% e 34%, respectivamente. "A classe emergente deu um grande salto e continuará crescendo. A sua consolidação no mercado ainda vai durar muito tempo", estimou o presidente da Abrasce. (AE)
Veículo: Diário do Comércio - MG