MD fecha fábrica em Cubatão após quatro anos de perdas

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A MD Papéis, fabricante paulista de papéis especiais e cartões para embalagens, encerrou as operações da fábrica de Cubatão, uma das três unidades fabris que operava no Estado de São Paulo. Ali, a MD tinha capacidade de produção de 60 mil toneladas por ano de papéis de imprimir e escrever e monolúcidos (usados em embalagens flexíveis).

Com a saída do negócio de imprimir e escrever, a MD vai concentrar seus esforços no segmento de papéis especiais, utilizados em laminados e filtros, por exemplo, e no mercado de cartões.

Perdas financeiras registradas nos últimos quatro anos - desde que comprou o ativo do antigo Consórcio Paulista de Celulose e Papel (Conpacel) - e a forte concorrência com papéis importados e aqueles oferecidos por produtores integrados (que fabricam também a matéria-prima) levaram à decisão de fechamento, de acordo com o diretor comercial da MD, Tadeu Souza.

Conforme o executivo, a unidade que já pertenceu à antiga Ripasa não registra resultados financeiros positivos desde 2007. À época, Suzano Papel e Celulose e Votorantim Celulose e Papel (VCP), que juntas formaram o Conpacel, informaram que a venda das fábricas de Cubatão e Limeira à MD Papéis foi avaliada em US$ 65 milhões.

"A decisão da MD Papéis foi amparada nos resultados apurados após quatro anos de gestão daquela unidade industrial, período no qual foram avaliados e executados diversos modelos de reduções de custos, de otimização da eficiência operacional e alterações no mix de produtos, buscando sempre aqueles de maior valor agregado", informou a companhia em nota.

Apesar das iniciativas, explica o diretor comercial, a crescente concorrência com o papel importado, especialmente no segmento offset, e a disputa por mercado com papeleiras que produzem também a celulose e alcançam, assim, menores custos de produção, inviabilizaram a manutenção do negócio. "A competição interna é cada vez mais forte", diz.

Conforme Souza, todas as medidas necessárias para garantir o abastecimento de seus clientes foram tomadas e os cerca de 300 funcionários da unidade já começaram a ser desligados. A empresa, que não divulga faturamento, possui outras duas unidades industriais. Em Limeira, produz 60 mil toneladas por ano de papel-cartão e, em Caieiras, fabrica 60 mil toneladas por ano de papéis especiais.


Veículo: Valor Econômico


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