Movimento crescente nas livrarias

Leia em 3min 30s

Segmento na capital mineira espera o fim do primeiro trimestre para contabilizar resultados melhores.


Tradicionalmente janeiro é o melhor mês do ano para papelarias e livrarias. A volta às aulas movimenta os negócios, gera novos empregos e lota as lojas. Em 2012, entretanto, a primeira quinzena chuvosa e o atraso no calendário escolar das escolas públicas estaduais e de algumas cidades da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) afetaram o segmento na Capital.

Segundo o diretor da rede de papelarias Brasilusa, Marco Antônio Gaspar, a queda em janeiro em relação ao mesmo mês do ano passado deve ficar entre 10% e 15%, mas isso não é motivo para desânimo.

"As chuvas espantaram os clientes das lojas, mas isso não aconteceu apenas com as papelarias. De qualquer forma esse cliente ainda virá fazer suas compras antes do início das aulas ou tão logo elas comecem. A greve das escolas públicas alterou o calendário, então acreditamos que essas compras fiquem para fevereiro e março, quando teremos a compensação dessa queda de janeiro. Esperamos que no fim do primeiro trimestre tenhamos um resultado melhor do que o de 2011", explica Gaspar.

A empresa, que possui cinco unidades na região Centro-Sul da Capital, emprega 70 trabalhadores e contrata mais 25 temporários para atender a demanda da temporada. "Já contratamos mais pessoas em outros anos, mas agora o atendimento é feito mais em autosserviço", ressalta o diretor.

Apesar do movimento abaixo do esperado, Gaspar já identifica um comportamento médio dos pais. A maioria compra a lista completa e faz a opção pelo pagamento parcelado. Levar as crianças às lojas também é um hábito comum. "O brasileiro hoje não abre mão da qualidade. Dentro do seu orçamento ele procura os melhores produtos, por isso, aqueles itens importados, principalmente da China, sem nenhuma qualidade não fazem mais parte do mix da maioria das papelarias da cidade", relata o empresário.


Hábito - O velho hábito de deixar tudo para a última hora também é apontado pela supervisora de varejo da rede de papelarias Port, Lícia Pires, como um dos fatores para os resultados abaixo do esperado no mês de janeiro.

"Fomos afetados pelas fortes chuvas e pela alteração no calendário das escolas estaduais, mas também percebemos que o hábito de deixar as compras para a última hora continua fazendo parte da rotina do consumidor brasileiro. Na última semana de janeiro o ritmo de vendas se intensificou e tivemos que esticar o horário de atendimento", enfatiza a supervisora.

A Port é uma empresa mineira especializada em papelaria, escritório e informática, com três lojas em Belo Horizonte, uma em Betim e outra em Brasília e distribuidora dos três segmentos para todo o país. A expectativa inicial de crescer 15% em relação à temporada de vendas do ano passado ainda não foi alcançada.

Em janeiro o crescimento ficou em torno de 10%. A forma de pagamento mais procurada continua sendo a parcelada no cartão de crédito, mas o volume de vendas à vista também tem chamado a atenção. "O cartão de crédito é a forma preferida de pagamento, mas mesmo nessa modalidade boa parte dos pagamentos tem sido feita à vista. Com o alongamento da temporada de vendas até março esperamos alcançar a meta", ressalta Lícia Pires.


Conhecer - Já o empresário Marcos José de Sousa, sócio-gerente da Conhecer Papelaria e Livraria, com unidades nos bairros Padre Eustáquio e Alípio de Melo, ambos na região Noroeste da Capital, vive uma situação atípica. Com aumento nas vendas de 40% em relação ao mesmo período de 2011, Sousa credita o sucesso à ampliação da loja do bairro Padre Eustáquio.

"Também fiquei apreensivo com as chuvas, mas felizmente não tivemos problemas. A freqüência ao nosso novo espaço superou as expectativas", explica Sousa. No mercado desde 1992, a Conhecer emprega 16 pessoas e chega a quintuplicar o número de colaboradores nessa época do ano. "A maioria dos pais tem feito a lista completa, incluindo o uniforme. Nesses casos a opção de pagamento mais utilizada é o parcelamento no cartão de crédito, que pode ser de até seis vezes", informa o gerente.


Veículo: Diário do Comércio - MG


Veja também

Demanda alta e estoques estáveis sustentam preços

Cotação do cereal em Minas subiu 8,3% em janeiro.O aumento da demanda pelo milho e os estoques praticament...

Veja mais
A embalagem antiviolação

A Celulose Irani, do grupo Habitasul, acaba de lançar no mercado a Caixa de Papelão Ondulado Antiviola&cce...

Veja mais
Comércio inicia 2012 com pé direito

Descontos nas coleções outono-inverno e material escolar impulsionaram vendas à vista As vendas do...

Veja mais
Setor têxtil pede proteção

O setor têxtil, com suas diferentes entidades representativas, esteve reunido na última terça-feira ...

Veja mais
Densia é eleito o produto do ano

  Pesquisa com cinco mil consumidores brasileiros elegeu o iogurte Densia, da Danone, como o melhor produto de 201...

Veja mais
10 Ways Retailers Will Reinvent the Store (Internacional)

Reinvente sua loja. Neste artigo você encontra 10 estratégias atuais baseadas no sucesso de importantes emp...

Veja mais
AkzoNobel investe € 80 milhões para suprir nova fábrica de celulose da Suzano no Brasil

  O Grupo AkzoNobel irá investir € 80 milhões (cerca de R$ 176 milhões) na constru&ccedi...

Veja mais
Franquias americanas iniciam expansão no Brasil

Duas das maiores empresas americanas de franquia de limpeza comercial apostam no mercado brasileiro para crescer nos pr&...

Veja mais
Tribunal avalia regulamentação de trabalho a distância

O Tribunal Superior do Trabalho (TST) resolveu se antecipar à discussão sobre as regras para os servi&cced...

Veja mais