A reabertura da unidade de Ribeirão Preto da Leite Nilza foi adiada para a segunda quinzena deste mês. A projeção era de reinício das atividades em janeiro.
A reabertura será acompanhada de outra novidade: dois grupos franceses sem operação no Brasil estariam negociando para começar a produzir derivados (queijos e iogurtes) na fábrica. O negócio pode ser fechado em seis meses.
O interesse de grupos estrangeiros pela Nilza começa a circular no mercado. A China Mengniu Dairy, a maior fabricante de laticínios da China, seria uma delas. A companhia entraria no País por meio da fábrica ribeirão-pretana, cujas instalações são consideradas modernas e estão desativadas por questões judiciais.
Sérgio Alambert, diretor da Airex, dona do laticínio, afirma não ter sido procurado por representante da companhia chinesa, mas confirma a negociação com dois grupos franceses, sem citar os seus nomes. "O negócio com os franceses seria para introduzir produtos de maior valor", explica ele.
Para a unidade da Nilza de Ribeirão Preto retomar o funcionamento, falta o selo do Serviço de Inspeção Federal (SIF), segundo Alambert. A retomada das atividades, diz, não depende do andamento do processo judicial e nem das prováveis negociações com grupos estrangeiros.
Conforme o executivo, o fornecimento de 100 mil litros por dia para envasamento em Ribeirão estaria garantido em parte pela região de Itamonte (MG), onde a Nilza possui unidade, também com pendências judiciais, e em parte por produtores da região de Araraquara. Para colocar o leite no mercado, o executivo não descarta uma terceirização, que estaria em negociação com companhia da capital paulista.
Veículo: DCI