Enquanto a Whirlpool, dona das marcas Brastemp e Consul, viu o lucro encolher na operação latino-americana, a Electrolux comemora avanços na região. A gigante sueca de eletrodomésticos obteve alta de 2% de seu lucro operacional na América Latina, atingindo 345 milhões de coroas suecas (US$ 52,4 milhões) no quarto trimestre de 2011, ante 337 milhões de coroas suecas registrados em igual período do ano anterior. As vendas líquidas tiveram alta de 20%, atingindo 6,003 bilhões de coroas suecas, frente a 4,987 bilhões de coroas suecas em 2010. - O aumento de demanda no Brasil, provocado pela redução do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) para produtos de linha branca, em vigor desde dezembro, é apontado como principal fator de impacto sobre o crescimento. O País foi responsável por 78% das vendas consolidadas da empresa na América Latina em 2011, segundo relatório anual. Os demais mercados latino-americanos também apresentaram avanços, com destaque para a influência positiva da compra da fabricante chilena CTI, realizada em agosto do ano passado.
O resultado, divulgado nesta quinta-feira, vem a público um dia depois de a Whirlpool ter reportado recuo de 20% do lucro de sua operação latino-americana no último trimestre do ano passado (US$ 155 milhões, ante US$ 193 milhões no quarto trimestre de 2010), com queda das vendas de 1%, excluído o efeito cambial. A concorrente norte-americana apontou a redução de ganhos com o programa brasileiro de incentivo fiscal à exportação (Befiex), maiores custos com matérias-primas, câmbio desfavorável e menor nível de produção como causas dos resultados negativos.
Ano passado, o lucro operacional da Electrolux na América Latina teve queda de 14%, somando 820 milhões de coroas suecas, ante 950 milhões de coroas em 2010. Um mix mais fraco de clientes e maiores custos de matérias-primas seriam a razão.
Globalmente, a queda do lucro foi de 39%, de 6,494 bilhões de coroas suecas, em 2010, para 3,980 bilhões de coroas em 2011. Os ganhos foram fortemente impactados pela difícil situação econômica dos mercados maduros, que respondem por cerca de 65% das vendas da companhia.
"Não esperamos uma recuperação da demanda nos mercados maduros no primeiro semestre de 2012", disse o presidente-executivo Keith McLoughlin, em comunicado. De acordo com ele, aumento de preços, redução de custos, mudanças na organização e novas aquisições em países emergentes compõem a estratégia da companhia para este ano.
Veículo: DCI