Resultado registrado pelas grandes redes em janeiro surpreendeu mercado, que esperava alta de 2% .
Nova York - As vendas das redes varejistas nos Estados Unidos cresceram 4,2% em janeiro na comparação com igual período do ano passado, segundo informações divulgadas pela "Thomson Reuters". Analistas esperavam um aumento de 2%. Janeiro é o último mês do trimestre fiscal de boa parte das varejistas e tende a ser um período de vendas fraco, mas os resultados podem trazer alguns indicativos de consumo. "Janeiro é quando temos mais clareza sobre as vendas posteriores às comemorações de fim de ano", disse David Bassuk, diretor de práticas de varejo da AlixPartners. "Pode haver relutância em relação a gastos pesados", acrescentou.
A Target, que vinha apresentando resultados mistos recentemente, anunciou um aumento de 4,3% nos negócios, superando a expectativa de alta de 2,1%. No caso da Macy’s, eles cresceram 2,4% durante o período, decepcionando analistas, que esperavam expansão de 3,5%. Outra rede que superou as estimativas de analistas foi a Kohl, cujas vendas cresceram 0,6% em janeiro ante previsão de ganho de 0,1%. A loja afirmou que as vendas de bolsas e acessórios tiveram o melhor desempenho, com aumento de 20%. A Gap divulgou que suas vendas caíram 4% em janeiro, mas analistas esperavam um declínio ainda mais acentuado, de 4,9%.
A Nordstrom anunciou que suas vendas aumentaram 5%, menos do que os 5,3% esperados por analistas, enquanto a Saks divulgou uma expansão de 10,5%, taxa muito maior do que a de 6,2% prevista pelo mercado. As vendas da Costco subiram 8% em janeiro, enquanto analistas consultados pela "Thomson Reuters" projetavam ganho de 5,4%. A Limited Brands deu continuidade à seqüência positiva de vendas e anunciou um crescimento de 9% em janeiro, ante expectativa de alta de 2,7%.
A Abercrombie & Fitch Co. e a Ann, que não divulgam dados sobre as vendas mensais, apresentaram estimativas pouco promissoras. A previsão da Abercrombie para os resultados do quarto trimestre ficou aquém do esperado pelo mercado, enquanto a Ann afirmou que deve registrar um balanço do quarto trimestre mais fraco do que o previsto por analistas.
Desemprego - Outra boa notícia veio do mercado de trabalho. O número de trabalhadores norte-americanos que entraram pela primeira vez com pedido de auxílio-desemprego caiu 12 mil, para 367 mil, na semana encerrada em 28 de janeiro, informou o Departamento do Trabalho dos EUA. Os economistas ouvidos pela "Dow Jones" esperavam queda de 7 mil solicitações, para 370 mil. O número da semana encerrada em 21 de janeiro foi revisado em alta para 379 mil, de 377 mil anteriormente informado.
A média móvel de pedidos feitos em quatro semanas, que suaviza a volatilidade do dado, diminuiu 2.000 na semana passada, para 375 750. A média móvel tem ficado abaixo de 400 mil desde novembro, em um sinal positivo, já que os economistas afirmam que o dado precisa permanecer persistentemente abaixo desse nível para que a economia efetivamente crie empregos.
Na semana encerrada em 21 de janeiro, o número total de norte-americanos que recebiam auxílio-desemprego caiu 130 mil, para 3.437.000. Esse é o menor nível desde a semana de 6 de setembro de 2008. A taxa de desemprego para trabalhadores com seguro-desemprego foi de 2,7% na semana encerrada em 21 de janeiro, abaixo de 2,8% na semana anterior. Nos EUA, as regras para distribuição do auxílio-desemprego variam de Estado para Estado e nem todos os desempregados têm direito ao benefício. (AE)
Veículo: Diário do Comércio - MG