O mês de abril promete ser doce para os fabricantes de chocolate e para o comércio. De olho no crescimento do consumo proporcionado pelo aumento do poder aquisitivo da população, o segmento criou cerca de 20 mil vagas distribuídas entre produção, comercialização e divulgação em todo o País.
Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados (Abicab), não há previsões para este ano, mas no ano passado as empresas associadas a ela fabricaram 18 milhões de toneladas, 7% mais que em 2010.
Seu presidente, Getúlio Ursulino Netto, ressaltou que o segmento está bastante otimista neste ano. Segundo ele, a produção total de chocolates no País, sem incluir achocolatados, totalizou 390 mil toneladas em 2011, 11% maior do que em 2010. Ele espera que o resultado seja ainda melhor neste ano em que o Brasil atingiu o quarto lugar no ranking mundial de consumo de chocolates. A razão foi a entrada no mercado da classe C. A média de consumo per capita brasileira é de 2,2 kg por ano, total considerado baixo apesar do aumento de 39% nos últimos cinco anos. Nos Estados Unidos, primeiro no ranking, o consumo é o dobro do Brasil.
O presidente da Abicab ressaltou, também, a importância da criação de produtos diferenciados para públicos específicos. Segundo ele, a produção de chocolates diet representa apenas 1% a 2% do total fabricado no Brasil e que existe espaço para a criação de novas linhas para este e outros públicos com necessidades diferenciadas. A expectativa é 90 lançamentos de linhas de produtos para este ano.
Estratégias – Para conquistar a nova classe média, os fabricantes apostam na criação de linhas diferenciadas, sem abandonar seu principal público-alvo. Este é o caso da Kopenhagen, que pretende inaugurar cem lojas de sua divisão batizada Brasil Cacau em todo o País. Ela é a grande aposta do grupo para este ano, segundo Renata Moraes Vichi, vice-presidente executiva do grupo CRM que engloba as duas empresas.
Veículo: Diário do Comércio - SP