A holding de farmácias Brazil Pharma prepara uma nova oferta de ações, nove meses após a sua estreia na bolsa. Já a operadora de turismo CVC deverá abrir o capital apenas no segundo semestre, apurou o Valor.
Ainda não há no mercado informações sobre o tamanho da operação da Brazil Pharma. A empresa, que é controlada pelo BTG Pactual, não concedeu entrevista. Em junho do ano passado, a companhia captou R$ 414 milhões em uma oferta primária. Até dezembro, já havia utilizado 70% dos recursos nas aquisições das redes de drogarias Estrela Galdino, da Bahia, e Big Ben, espalhada pela região Norte.
Neste ano, a Brazil Pharma comprou a Sant'ana, maior rede de Salvador, por R$ 347 milhões. O negócio a transformou na terceira maior varejista de farmácias no país, em número de pontos próprios e faturamento bruto.
Também em fevereiro, a empresa realizou uma captação de R$ 250 milhões em debêntures.
No caso da CVC, oficialmente, a empresa informa que protocolou em 28 de fevereiro o pedido de desistência da oferta por conta das condições do mercado de capitais. No entanto, a companhia apenas cumpriu uma formalidade e deverá retomar a operação no segundo semestre. A distribuição estava em análise desde agosto do ano passado e, por conta do término dos prazos de praxe da autarquia, se a CVC não tivesse desistido, o pedido teria sido indeferido.
A empresa retirou a oferta de análise, portanto, por conta do esgotamento do prazo regulamentar para a operação.
A CVC pretendia realizar uma oferta secundária em que venderiam parte de seus papéis o controlador Guilherme Paulus e o fundo americano de investimentos em participações Carlyle.
Como a empresa não tem necessidade de recursos, uma vez que a geração de caixa dá conta de sustentar as suas operações, a decisão dos acionistas foi esperar por uma janela mais favorável para a venda.
Apesar de as condições de mercado atuais estarem melhores do que as verificadas quando a CVC solicitou a análise da operação, em agosto, até o momento nenhuma nova companhia conseguiu fechar uma oferta inicial. Os bancos deverão tentar reabrir o mercado com operações de empresas já listadas. Uma candidata a puxar a fila é a também novata Qualicorp, que confirmou que pretende fazer oferta.
Veículo: Valor Econômico