A cesta básica na região está R$ 9,59 mais cara. Na segunda semana de fevereiro o pacote custava R$ 358,62. Ontem, o consumidor gastaria, em média, R$ 368,21 pelo grupo de produtos. No cenário de alta, a laranja-pera foi a protagonista.
A Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André) é responsável pela pesquisa. E para formar a cesta, considera o consumo de sete quilos de laranja por mês. Como o quilo da fruta apresentou alta de 56,1%, passando de R$ 1,05 para R$ 1,64, a quantidade ponderada mensal subiu de R$ 7,35 para R$ 11,48, acréscimo de R$ 4,13, o equivalente a 43% do encarecimento da cesta.
Por outro lado, itens básicos da alimentação das famílias apresentaram deflação. O pacote de um quilo do feijão-carioca teve queda de 7,52%, com o preço médio caindo de R$ 3,99 para R$ 3,69. Mesmo com decréscimo, é interessante pesquisar antes de levar o produto, tendo em vista que o preço mais barato encontrado pelos pesquisadores da Craisa foi de R$ 3,19, contra o mais alto, de R$ 3,98. E de acordo com a quantidade de pacotes que a família consumir ao mês, o gasto pode pagar mais um quilo do grão.
Na avaliação do engenheiro agrônomo da companhia Fábio Vezzá De Benedetto, o preço do feijão iniciou trajetória de queda devido à fase final dos impactos climáticos na cultura do produto, situação comum nos dois primeiros meses.
No caso do arroz, o saco com cinco quilos apresentou variação próxima à estabilidade, recuo de 0,15%, com redução de R$ 0,01 no preço médio que está e R$ 6,76.
GRUPOS- A pesquisa da Craisa reúne informações de 13 supermercados espalhados por Santo André, São Caetano, Diadema, Mauá e Ribeirão Pires. Dentre os 34 produtos verificados, 20 apresentaram encarecimentos, outros 12 deflacionaram e dois não sofreram alterações nos preços.
O grupo produtos alimentícios apresentou inflação média de 3,65% na comparação entre a segunda e a última semana de fevereiro. A lata de 340 gramas de extrato de tomate teve a maior variação, de 24,34%.
Como a Craisa divide os alimentos em dois grupos, os hortigranjeiros encareceram 6,68%. A laranja puxou a alta seguida pelo pacote de um quilo da cebola, que ficou 18,42% mais caro.
A inflação média dos produtos de higiene pessoal atingiu 6,49%. E o vilão do grupo foi o pacote de oito rolos de papel higiênico branco, com alta de 11,19%.
A esponja de aço ficou 14,38% mais cara e puxou o grupo limpeza doméstica,que teve aumento médio nos preços de 1,43%.
Veículo: Diário do Grande ABC - SP