BIC põe venda de serviço de distribuição na ponta da caneta

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Plano é oferecer sua expertise logística para empresas que trabalham em áreas correlatas



A BIC tem um plano no mínimo inusitado: vender serviços de distribuição no Brasil. A estratégia é aproveitar a capilaridade no país, onde atende a cerca de 400 mil papelarias, supermercados e atacados, para assumir a distribuição de empresas que atuam em áreas de negócios correlatos (material de escritório e escolar, por exemplo), mas que não sejam concorrentes aos produtos do grupo.

A primeira iniciativa do gênero foi uma parceria com a indústria de etiquetas Pimaco, em 2006. A ideia da BIC era atuar na distribuição dos produtos da fabricante brasileira na América Latina. Mas o negócio evoluiu para a compra da Pimaco no mesmo ano. Hoje os produtos da empresa já estão na Argentina e México.“Outra parceria na distribuição foi feita no México, com a fabricante de cadernos Rhein”, conta o executivo Edgar Hernandez, que liderou as negociações no Brasil com a Pimaco, em 2006, como diretor da BIC na América do Sul, e hoje está à frente dos mercados emergentes
da companhia.

O executivo chama o novo negócio de “aquisição de rotas de distribuição”. “Queremos crescer por meio de aquisições, mas não só de empresas. Comprar rotas de distribuição é uma outra forma de ampliar os negócios”, explica Hernandez.

Essas parcerias logísticas, no entanto, são um caminho rápido para as aquisições tradicionais. No caso da Rhein, embora o contrato seja apenas de distribuição, o executivo deixa claro que não vai desenvolver produtos concorrentes. O que poderia levar a um repeteco do que aconteceu com a Pimaco.

Hernandez admite que o desafio da empresa no Brasil é manter-se inovadora mesmo após
55 anos de atuação, por isso é preciso criatividade. “A chegada da BIC ao país foi uma aposta pessoal do fundador Marcel Bich (1914-1994), que em 1956 já considerava o Brasil como um mercado emergente”, afirma.“E deu certo.” O país garante hoje a segunda maior receita da companhia, atrás dos EUA.
 
Só no ano passado, a empresa faturou R$ 602 milhões, 11,28% a mais que no exercício anterior — em comparação, os negócios na Europa cresceram 3% e nos EUA, 5%. “Para continuar crescendo na casa dos dois dígitos, vamos diversificar nossas linhas de produtos, com pilhas e colas especiais”, diz. As vedetes da empresa hoje são isqueiros e papelaria, que respondem por quase 80% dos negócios.



Veículo: Brasil Econômico


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