BR Pharma amplia receita e reverte perdas

Leia em 2min 10s

A BR Pharma, braço de varejo farmacêutico do banco BTG Pactual, reverteu no ano passado as perdas registradas em 2010 - prejuízo líquido de R$ 23,3 milhões para um lucro líquido de R$ 5,5 milhões em 2011 - com expansão de 24% na receita bruta, para R$ 1,1 bilhão. Os indicadores do quarto trimestre também mostraram melhorias - o prejuízo encolheu de R$ 16,4 milhões para R$ 208 mil e a receita bruta também cresceu, 24,4%, para R$ 323 milhões.

Analistas ressaltam os ganhos, mas chamam atenção para a necessidade de a empresa finalizar o processo de integração dos negócios adquiridos nos últimos meses, como forma de abrir espaço para um crescimento sustentado. Nos últimos cinco meses, a varejista comprou o controle de três redes de farmácias no Sul e no Nordeste do país e abriu mais lojas do que o previsto.
 
Questionada pelos analistas a respeito do fôlego para manter margens brutas elevadas em 2012 (esse indicador passou de 30,2% para 34,7% de 2010 para 2011, mas reforçado por ajuste contábil pontual), a empresa deu algumas explicações. "Os ganhos de margem devem vir de nosso melhor relacionamento com a indústria e de um trabalho melhor que está sendo realizado no ponto de venda", disse o presidente da rede André Sá. Para 2012, a BR Pharma prevê abertura de 100 drogarias, versus 86 em 2011, dentro de um projeto de crescimento orgânico, em paralelo com eventuais aquisições que ainda possam acontecer.

"A empresa bateu a meta de abrir 75 lojas em 2011, ao somar 86 lojas abertas e continuou a fechar importantes aquisições. No entanto, acreditamos que o gerador de valor para o preço da ação agora será a integração das operações, quando a empresa finalmente será capaz de extrair valor a partir de todas essas recentes compras", informa relatório de Guilherme Assis e Joseph Giordano, analistas do Raymond James.

"Em nossa opinião, a Brazil Pharma enfrenta um desafio difícil pela frente, com execução com riscos elevados, mas acreditamos que a contratação de uma equipe de gerenciamento com expertise no setor de ajuda a reduzir esses riscos", completa o relatório, ao citar questões como expectativa de aumento de concorrência e necessidade de a empresa reduzir prazo de estoque, considerado acima da média do mercado.

Segundo o comando da companhia, foi implementado um processo interno de integração dos negócios adquiridos, de maneira que as sinergias possam ser capturadas. Mas ela admite que os ganhos devem aparecer mais para frente. "Vamos ter reduções de custos e aumentos de performance com captura maior desses ganhos em 2013", disse Sá.


Veículo: Valor Econômico


Veja também

Para lotar as prateleiras

A Flora, empresa de higiene e limpeza do grupo JBS, planeja lançar pelo menos 400 itens até 2015 entre nov...

Veja mais
Hortifrúti chega a SP vitaminada pelo BR Investimento

Plano de expansão da rede de varejo carioca ganha aval do fundo e abre caminho para o cobiçado mercadoCom ...

Veja mais
Anvisa estuda remédio fora do balcão

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) está revisando a regulamentaç&atild...

Veja mais
Estado quer atrair Johnson&Johnson

O governador do Acre, Tião Viana, e assessores se reuniram ontem com parte da diretoria da Johnson&Johnson. N...

Veja mais
Zona Franca de Manaus registra mais de 5.000 demissões no ano

Número supera 2011 e está acima da média sazonal, diz sindicatoA Zona Franca de Manaus registrou ma...

Veja mais
Mais conteúdo

As promoções mais eficientes em "atacarejos" são as que oferecem maiores quantidades do produto des...

Veja mais
Coração de mãe

A Serasa Experian lança neste mês uma campanha de Dia das Mães para que o varejo renegocie as d&iacu...

Veja mais
Sob pressão, Planalto quer evitar reajuste de preço de combustíveis

Apesar das pressões da Petrobras, o governo Dilma Rousseff está disposto a não reajustar os combust...

Veja mais
Ajuda tardia a produtores

Medidas anunciadas ontem só devem beneficiar 10% dos rizicultores do Norte do EstadoA safra de arroz 2011/2012 es...

Veja mais