O temor, generalizado no início de 2012, de que a crise financeira global pudesse afetar o preço das commodities não se confirmou para os produtos do mercado de energia neste primeiro trimestre.
A gasolina foi a commodity que mais se valorizou, no mercado futuro, nos três primeiros meses deste ano, com uma alta de 26,4%.
O combustível foi influenciado pelo valor do petróleo, que subiu 14,6% em Londres no ano, mas também foi impactado pela redução da oferta nos Estados Unidos e pela demanda, que tem acompanhado a melhora dos indicadores macroeconômicos, como a criação de empregos.
Os preços da gasolina, nos EUA, se aproximam da "marca psicológica" de US$ 4 por galão, segundo avaliação do Saxo Bank. A expectativa é que a alta continue com a chegada do verão, temporada de pico na demanda.
Mas, apesar de as commodities energéticas terem surpreendido com um desempenho melhor do que o esperado, também vem do setor de energia a maior desvalorização entre as matérias-primas.
O preço do gás natural caiu 28,9% no primeiro trimestre, para o menor valor dos últimos dez anos. Nesse caso, a crise também não falou mais alto. As cotações desabam por conta da exploração nos Estados Unidos das reservas de xisto, que provocou uma revolução nesse mercado.
Já os metais usados pela indústria foram mais impactados pela recessão na Europa e pela redução nas projeções de crescimento para a China.
Veículo: Folha de S.Paulo