Satisfazer os desejos dos pequenos neste ano vai custar um pouco mais caro. Isso porque os brinquedos lançados pela indústria em 2012 vão chegar às prateleiras das lojas até 10% mais caros. Aumento nos preços dos insumos e na mão de obra é a justificativa dada pelas companhias.
A Brinquedos Estrela, maior fabricante do setor no País, calcula que os repasses vão oscilar entre 5% e 8%. Segundo o diretor de marketing, Aires Leal Fernandes, o termoplástico, derivado do petróleo, tem grande peso na composição dos produtos.
De Mauá, a Líder Brinquedos afirma que sacrificará a margem de lucro para não repassar todos os gastos com a alta dos insumos. “Só metade dos custos será incorporada ao preço para o varejo. Alguns fornecedores elevaram os valores em 10%, logo repassaremos metade”, afirma o diretor comercial, Junior Mozilli.
O presidente da Abrinq (Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos), Synésio Batista da Costa, diz que os preços dos itens subiram 2,5% em 2011, menos que a inflação do País, de 6,5%. Para este ano, a perspectiva é mantida, entretanto, os fabricantes sinalizam cenário bem diferente.
NOVIDADES - Até o dia 12, os 175 fabricantes de brinquedos apresentam 1.600 lançamentos para o Dia das Crianças e Natal na Abrin (Feira Brasileira de Brinquedos), que acontece no Expo Center Norte, em São Paulo. A expectativa é de que o evento, voltado para profissionais, movimente R$ 2 bilhões.
Entre as novidades está um carrinho de controle remoto movido à energia solar, da Estrela, que mostra 200 produtos inéditos. Foguete feito com material reciclado, um copo que não tomba e um bungee jump para ser instalado na porta são outros exemplos. A Líder tem 400 itens e foca na licença de personagens infantis.
Para fortalecer a competitividade da indústria nacional, Costa pontua que 53% dos 1.600 lançamentos terão preço final abaixo de R$ 50. “Vamos trabalhar bastante para reduzir custos e oferecer brinquedos mais baratos. É esse o fator que mais pesa na escolha do produto pelo consumidor.” Espera-se que 76,5% dos itens lançados tenham preço menor que R$ 50, contra 74,3% no ano passado.
Em dezembro, os importados representaram 70% das vendas, enquanto os nacionais abocanharam somente 30%. A meta é elevar a participação dos brasileiros para 40%. O setor deverá faturar R$ 3,8 bilhões neste ano, cifra 8% maior. E as sete indústrias da região (Giroflê, Grow, Gulliver, Líder, Ludens Spirit, Neopan e Plásticos Nillo) vão responder por R$ 323 milhões.
As meninas seguem como principal alvo das empresas. Cerca de 800 novidades são dedicadas a elas, que têm vínculo mais afetivo com os brinquedos que os meninos.
Veículo: Diário do Grande ABC - SP