Maior processadora mundial de carnes, a JBS pode desembolsar até US$ 6,75 milhões para convencer parte de seus credores a aprovar uma mudança contratual que permita à empresa prosseguir com o plano de desmembrar e abrir o capital da Vigor Alimentos.
Esses credores detêm aproximadamente US$ 1,35 bilhão em bônus emitidos em 2006 e 2009, antes da fusão com o Bertin. A multinacional vai pagar um "prêmio" de US$ 5 para cada US$ 1.000 de dívida aos que aceitarem o acordo.
A mudança proposta permite à JBS fazer pagamentos com ações e outros ativos de qualquer uma de suas subsidiárias "não essenciais", desde que esses dispêndios não excedam o limite de 2% da receita da JBS. A condição já estava prevista nas emissões recentes da companhia, mas não nos títulos mais antigos.
A JBS precisa que a maioria simples desses credores aprove a mudança para que possa recomprar parte de suas ações e usar os papéis da Vigor como pagamento, conforme prevê o plano de permuta de ações apresentado pela companhia. A aceitação dos credores, que têm até o dia 3 de maio para decidir, é uma das últimas pendências para que a operação seja concluída.
Em fevereiro, a JBS anunciou a intenção de separar a Vigor, sua controlada integral, e listá-la na BM&FBovespa. Na operação, o frigorífico vai adquirir até 149,71 milhões de ações ordinárias de sua própria emissão por R$ 7,96 em troca das novas ações da Vigor.
Veículo: Valor Econômico