A varejista gaúcha Renner teve queda de 24,9%, para R$ 35,7 milhões, no lucro líquido consolidado do primeiro trimestre, em comparação com igual período de 2011. O diretor financeiro e de relações com investidores, Adalberto Santos, disse ontem que a empresa "surfou no cenário ainda retraído do varejo no início do ano".
O recuo de indicadores - como o de lucro antes dos juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda) e o da taxa de crescimento das vendas em mesmas lojas (lojas abertas há pelo menos um ano) - ocorreu devido à pressão de despesas com abertura e reforma de lojas e frutos da integração com a rede Camicado, disse Santos.
O executivo destacou a redução da inadimplência para o mínimo histórico na operação de financiamento dos consumidores. Diante disso, o resultado dos serviços financeiros ficou em R$ 40,9 milhões, em alta de 6,3%, e passou a responder por uma fatia maior do Ebitda da companhia em relação a um ano antes.
A empresa gaúcha "surfou no cenário ainda retraído do varejo no início do ano", disse o diretor financeiro
Conforme Santos, o ano começou com altos níveis de estoques no varejo, o que criou um ambiente "competitivo" e com "muitas promoções" no segmento de vestuário. Mesmo assim, a Renner fechou o trimestre com margem bruta de 53,1% na venda de mercadorias, ou 0,1 ponto acima do início de 2011. Na Camicado Houseware, rede especializada em artigos de cama, mesa e banho e utilidades domésticas adquirida em maio de 2011, a margem foi inferior (43,7%), mas a empresa ainda está em processo de integração. Sem este efeito, a alta na margem consolidada teria sido de 0,6 ponto percentual, explicou o executivo.
A receita líquida consolidada da Renner cresceu 18,5% no trimestre, para R$ 709,3 milhões, incluindo varejo e serviços financeiros. Já as vendas pelo critério mesmas lojas avançaram 4,8%, ante 11,2% no mesmo período de 2011 e 5,3% trimestre imediatamente anterior, prejudicadas pelas reformas em quatro lojas importantes em Porto Alegre, São Paulo e Rio de Janeiro, que registraram quedas de 20% a 25% no desempenho. Segundo Santos, sem este impacto, a alta seria de 6,3% e, no segundo trimestre, o efeito das reformas já será menor do que no primeiro.
O ritmo acelerado de expansão, com a abertura de 23 lojas das bandeiras Renner, Camicado e Blue Steel no quarto trimestre de 2011, também impactou o Ebitda do início de 2012, que recuou 1,8% no consolidado (incluindo serviços financeiros), para R$ 83,6 milhões, e 8,6% na venda de mercadorias, para R$ 42,7 milhões. Conforme o diretor, as novas unidades começam operando com o equivalente a 60% das vendas de uma loja "madura" e níveis inferiores de eficiência. O aumento de custos com logística, provocado por antecipação de importações, também afetou o desempenho.
O resultado líquido da Renner foi ainda influenciado negativamente pelas despesas financeiras líquidas de R$ 4 milhões, que reverteram as receitas financeiras líquidas de R$ 5,8 milhões no primeiro trimestre do ano passado, pressionadas pelos custos gerados a partir da emissão de R$ 300 milhões em debêntures em junho de 2011. As depreciações também aumentaram 40,1%, para R$ 30,1 milhões, devido ao aumento do ativo imobilizado, disse Santos.
Os investimentos no trimestre somaram R$ 69,8 milhões, com alta de 190%, sendo R$ 45,7 milhões na abertura e reforma de lojas. A empresa encerrou o trimestre com 200 unidades, três a mais do que em dezembro, sendo 166 da Renner, 31 da Camicado e três da Blue Steel.
Para o acumulado do ano, a previsão é inaugurar 30 novos pontos da Renner e seis da Camicado. Os aportes previstos para 2012 somam R$ 420 milhões, incluindo ainda a conclusão de um novo centro de distribuição de 50 mil metros quadrados no Rio de Janeiro, ante R$ 296,6 milhões no ano passado. (Colaborou Marina Falcão, de São Paulo)
A varejista gaúcha Renner teve queda de 24,9%, para R$ 35,7 milhões, no lucro líquido consolidado do primeiro trimestre, em comparação com igual período de 2011. O diretor financeiro e de relações com investidores, Adalberto Santos, disse ontem que a empresa "surfou no cenário ainda retraído do varejo no início do ano".
O recuo de indicadores - como o de lucro antes dos juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda) e o da taxa de crescimento das vendas em mesmas lojas (lojas abertas há pelo menos um ano) - ocorreu devido à pressão de despesas com abertura e reforma de lojas e frutos da integração com a rede Camicado, disse Santos.
O executivo destacou a redução da inadimplência para o mínimo histórico na operação de financiamento dos consumidores. Diante disso, o resultado dos serviços financeiros ficou em R$ 40,9 milhões, em alta de 6,3%, e passou a responder por uma fatia maior do Ebitda da companhia em relação a um ano antes.
A empresa gaúcha "surfou no cenário ainda retraído do varejo no início do ano", disse o diretor financeiro
Conforme Santos, o ano começou com altos níveis de estoques no varejo, o que criou um ambiente "competitivo" e com "muitas promoções" no segmento de vestuário. Mesmo assim, a Renner fechou o trimestre com margem bruta de 53,1% na venda de mercadorias, ou 0,1 ponto acima do início de 2011. Na Camicado Houseware, rede especializada em artigos de cama, mesa e banho e utilidades domésticas adquirida em maio de 2011, a margem foi inferior (43,7%), mas a empresa ainda está em processo de integração. Sem este efeito, a alta na margem consolidada teria sido de 0,6 ponto percentual, explicou o executivo.
A receita líquida consolidada da Renner cresceu 18,5% no trimestre, para R$ 709,3 milhões, incluindo varejo e serviços financeiros. Já as vendas pelo critério mesmas lojas avançaram 4,8%, ante 11,2% no mesmo período de 2011 e 5,3% trimestre imediatamente anterior, prejudicadas pelas reformas em quatro lojas importantes em Porto Alegre, São Paulo e Rio de Janeiro, que registraram quedas de 20% a 25% no desempenho. Segundo Santos, sem este impacto, a alta seria de 6,3% e, no segundo trimestre, o efeito das reformas já será menor do que no primeiro.
O ritmo acelerado de expansão, com a abertura de 23 lojas das bandeiras Renner, Camicado e Blue Steel no quarto trimestre de 2011, também impactou o Ebitda do início de 2012, que recuou 1,8% no consolidado (incluindo serviços financeiros), para R$ 83,6 milhões, e 8,6% na venda de mercadorias, para R$ 42,7 milhões. Conforme o diretor, as novas unidades começam operando com o equivalente a 60% das vendas de uma loja "madura" e níveis inferiores de eficiência. O aumento de custos com logística, provocado por antecipação de importações, também afetou o desempenho.
O resultado líquido da Renner foi ainda influenciado negativamente pelas despesas financeiras líquidas de R$ 4 milhões, que reverteram as receitas financeiras líquidas de R$ 5,8 milhões no primeiro trimestre do ano passado, pressionadas pelos custos gerados a partir da emissão de R$ 300 milhões em debêntures em junho de 2011. As depreciações também aumentaram 40,1%, para R$ 30,1 milhões, devido ao aumento do ativo imobilizado, disse Santos.
Os investimentos no trimestre somaram R$ 69,8 milhões, com alta de 190%, sendo R$ 45,7 milhões na abertura e reforma de lojas. A empresa encerrou o trimestre com 200 unidades, três a mais do que em dezembro, sendo 166 da Renner, 31 da Camicado e três da Blue Steel.
Para o acumulado do ano, a previsão é inaugurar 30 novos pontos da Renner e seis da Camicado. Os aportes previstos para 2012 somam R$ 420 milhões, incluindo ainda a conclusão de um novo centro de distribuição de 50 mil metros quadrados no Rio de Janeiro, ante R$ 296,6 milhões no ano passado. (Colaborou Marina Falcão, de São Paulo)
Veículo: Valor Econômico