Empresas levam o conceito da sustentabilidade para a linha de produção, de olho nos consumidores engajados nas causas ambientais
1 - ÁGUA DO AR: criado pela americana AquaMaker, o AM10 transforma ar em água potável. O processo físico-químico funciona à base de energia elétrica. A performance do aparelho depende da umidade relativa do ar
2 -DESPERDÍCIO ZERO: o Universal Solar Charger, da chinesa US Brando, permite carregar iPod, celular e outras engenhocas usando apenas a luz solar
3 - FACHADA ENERGÉTICA: a Alcoa criou um painel para ser aplicado na fachada de edifícios e casas, capaz de converter a radiação solar em energia. Preço: US$ 1 mil o m2
4 - ECOBOOK: em vez de derivado de petróleo, a Asus optou pelo bambu para confeccionar o gabinete de seu notebook. O equipamento também possui uma bateria que consome 70% menos energia que os similares
5 - PLÁSTICO ECOLÓGICO: graças ao aditivo d2w, os fabricantes de plástico podem transformar o produto em um material biodegradável
6 - RECICLAGEM: com o Barcode Trashcan é possível separar com precisão as embalagens de metal, vidro e papel. Basta passar o código de barras do item no leitor óptico que um computador analisa o tipo de material e abre o compartimento correto
NA DÉCADA DE 1980 os defensores da agenda verde eram chamados pejorativamente de ecochatos. Mas a percepção de que um estilo de vida equivocado pode levar ao esgotamento dos recursos naturais do planeta está ajudando a engrossar a fileira dos ecologistas de carteirinha. E isso vem mexendo também com os hábitos de consumo. Para conquistar esse contingente, diversas empresas estão adicionando ao seu modelo produtivo os conceitos da sustentabilidade. Ou seja: além de qualidade, funcionalidade e preço, um produto moderno é aquele feito com insumos capazes de reduzir seu impacto no meio ambiente. E isso vale tanto para itens sofisticados, como eletrônicos, quanto para insumos básicos, como resinas plásticas. Embalado pelo apelo ecológico da Olimpíada de Sydney, ocorrida em 2000, o empresário campineiro Eduardo Van Roost decidiu abandonar a sólida carreira de dentista para se dedicar à venda de produtos sustentáveis. Após uma série de pesquisas, sua Res Brasil começou a importar e distribuir o d2w, um aditivo químico capaz de transformar o plástico comum em um material biodegradável que "some" em 18 meses.
O plástico convencional leva 200 anos para desaparecer. Hoje, o empresário está colhendo os frutos. "Nosso volume de vendas atingiu mil toneladas em outubro, número dez vezes maior que o apurado em igual período de 2007", festeja. A expectativa é fechar o ano com receita de R$ 6 milhões. Casas Bahia, Lojas Renner e Banco Bradesco integram a lista das empresas que usam sacos plásticos feitos com o d2w. Roost não está sozinho nessa onda. A americana AquaMaker LLC aposta no aparelho que transforma o ar em água.O AM10 se assemelha a um bebedouro convencional usado em escritório. Custa US$ 1,2 mil e consome o equivalente a US$ 15 por dia em energia elétrica. Trata- se de um valor ligeiramente maior que o gasto na aquisição de garrafões de água mineral. O custo, aliás, é visto como o principal entrave para a popularização de vários produtos ecologicamente corretos. É que, para amortizar os investimentos feitos em pesquisa, as companhias acabam cobrando um sobrepreço nas engenhocas que seguem os preceitos da sustentabilidade. Conheça outros exemplos de ecoprodutos.
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Veículo: Revista Isto É Dinheiro