Resultados do mês passado foram afetados por um tempo mais frio e pela alta dos preços da gasolina.

As grandes redes varejistas dos Estados Unidos reportaram vendas decepcionantes em abril, com os resultados da Macy’s, Target Corp. e Saks ficando abaixo das expectativas. A Páscoa antecipada mostrou um forte desempenho do varejo em março, mas que, em grande parte, não se estendeu até abril. O mês passado também foi afetado por um tempo mais frio e pela alta dos preços da gasolina.

As vendas no conceito mesmas lojas em 18 varejistas norte-americanas acompanhadas pela Thomson Reuters subiram 2,2% em abril, bem baixo da alta de 11,1% observada no mesmo mês do ano passado, quando a Páscoa foi celebrada no dia 24 de abril. Para março e abril combinados, as vendas aumentaram 4,5%, ante aumento de 6,4% no mesmo período de 2011.

A Macy’s reportou uma alta de 1,2% das vendas no conceito mesmas lojas em abril, ante previsão de 1,9%. A cadeia de lojas de departamento culpou a Páscoa antecipada, a mudança da venda de cosméticos de abril para março e o Dia das Mães que cairá mais tarde em maio neste ano.

A Target disse que as vendas subiram 1,1%, abaixo das projeções de alta de 2,8%. O executivo-chefe da companhia, Gregg Steinhafel, afirmou, porém, que a tendência das vendas da empresas continua muito saudável.

A Gap reportou uma queda de 2% das vendas, superando o declínio de 0,8% previsto. Apesar do resultado, o executivo-chefe da empresa, Glenn Murphy, disse que as mercadorias de primavera "continuou a ir bem em todas as marcas". Já a rede de preços baixos TJX informou aumento de 6% nas vendas, acima da alta de 4% esperada.

Entre as varejistas de padrão mais alto, a Saks reportou avançou de 2%, menor que a expectativa de alta de 4%. A Nordstrom teve alta de 7,1%, ante projeção de aumento de 5,8%. As vendas da Costco, excluindo combustível, aumentaram 4%, abaixo da alta de 4,9% esperada pelos analistas. A Limited Brands, que é dona das marcas Victoria’s Secret e Bath & Body Works, informou que suas vendas subiram 6%, abaixo da estimativa de alta de 4%.


Emprego - Em outra divulgação do dia, o Departamento de Trabalho dos EUA informou que o número de trabalhadores norte-americanos que entraram pela primeira vez com pedido de auxílio-desemprego caiu 27 mil, para 365 mil, após ajustes sazonais, na semana até 28 de abril. Essa foi a maior queda desde maior de 2011 e segue-se a três semanas seguidas de dados decepcionantes.

Os economistas ouvidos pela "Dow Jones" esperavam queda de 10 mil solicitações, para 378 mil. O número de pedidos da semana anterior foi revisado em alta para 392 mil - o número mais alto desde novembro -, ante 388 mil informados anteriormente. A média móvel de pedidos feitos em quatro semanas - calculada para suavizar a volatilidade do dado - subiu 750, para 383.500.

Na semana encerrada em 21 de abril, o número total de norte-americanos que recebiam auxílio-desemprego caiu 53 mil, para 3,276 milhões. A taxa de desemprego para trabalhadores com seguro-desemprego foi de 2,6% na semana até 21 de abril, inalterada na comparação com a taxa da semana anterior. Nos EUA, as regras para distribuição do auxílio-desemprego variam de Estado para Estado e nem todos os desempregados têm direito ao benefício.

Já os empregadores dos EUA planejaram cortar 40.559 postos de trabalho em abril, um aumento de 11% sobre os 36.490 cortes anunciados no mesmo mês de 2011 - que foi o menor nível do ano passado -, segundo pesquisa da Challenger, Gray & Christmas. O número de abril é 7,1% maior do que os 37.880 cortes anunciados em março.

O setor de educação liderou no número de demissões planejadas, com 9.027, seguido pelo setor governamental, com 3.100. No ano até agora os cortes de vagas anunciados por agências do governo estão 83% menores do que os 52.660 do mesmo período do ano passado. (AE)


Veículo: Diário do Comércio - MG