Fabricante terceirizada de cosméticos detém no Brasil o direito de uso do nome da marca italiana em artigos de higiene pessoal e beleza As roupas da Fiorucci estão fora do mercado brasileiro há 22 anos. A marca, contudo, nunca esteve tão próxima do consumidor quanto hoje.
Nas lojas Renner e em inúmeras redes de farmácias como a Drogasil, a Fiorucci surge nas gôndolas de sabonetes líquidos, hidratantes corporais, desodorantes e colônias. “Mantivemos o nome Fiorucci vivo nos últimos anos e estamos crescendo com ele”, diz Vittorio Ceragioli, diretor-executivo e sócio da Greenwood, empresa fundada por seus pais em 1967, em São Paulo.
A Greenwood, fabricante de cosméticos que operou como linha de produção na Nivea do Brasil por 15 anos, detém o registro definitivo da Fiorucci para cosméticos desde 1975. Ceragioli garante que ninguém tem como “ arrancar a marca de suas mãos”, hoje o grande negócio próprio da Greenwood depois da produção de cosméticos para terceiros.
Instalada em São Roque (SP), no endereço da antiga fábrica da Cinzano, a Greenwood produz xampus, condicionadores, cremes, colônias para a Viscaya, Nexcare, Topz, Jafra e Puig. Pontos de venda De acordo com o desempenho e a demanda desses clientes, o faturamento anual da Greenwood gira entre R$ 60 milhões e R$ 80 milhões.
Só a marca Fiorucci, com seus cerca de 160 produtos, fatura por volta de R$ 30 milhões ao ano. Os itens chegam a sete mil pontos de vendas. Agora, diante do aumento do poder aquisitivo dos brasileiros, Ceragioli vai mudar a estraté- gia. “A gente sempre procurou o nicho de prestígio. Agora, visamos o ‘semi-prestígio’ e estamos criando produtos com pre- ços alternativos.
A classe C está se sofisticando”, afirma. Para tornar a marca ainda mais acessível, o empresário diz que vai buscar eficiência em custos e também aprimorar as negociações com fornecedores, já que ele tem volume próprio e de terceiros.Os sabonetes líquidos da Fiorucci, de 500 ml custam entre R$ 9 e R$ 10 há três anos, diz Ceragioli.
A marca Fiorucci, explica o empresário, ganhou visibilidade no ponto de venda por causa de investimentos no tabloide das farmácias e da presença de promotoras nas lojas. A Fiorucci é um dos pilares do crescimento da Greenwood, cujo faturamento deve avançar 10% neste ano.
Veículo: Brasil Econômico