Pequeno varejo vira vitrine da General Brands

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Dona das marcas de suco Camp e Top Fruit colocará nova linha de chocolate em lojas de vizinhança para chamar atenção das grandes redes No estande da General Brands, na feira anual organizada pela Associação Paulista de Supermercados (Apas), o empresário Isael Pinto se espreme com alguns engravatados em uma pequena sala.

Arrastando um portunhol, o dono das marcas de sucos Camp e Top Fruit conversa com alguns clientes cubanos. Seu esforço é convencer o mercado nacional — e pelo visto o internacional também — de que ele pode ser eficiente no segmento de chocolates, no qual entrou recentemente com a aquisição da fabricante Divino Sapore, de Mato Grosso do Sul, que movimentou R$ 35 milhões de acordo com estimativas do mercado. A previsão é que os chocolates com a marca Camp cheguem às prateleiras até 1º de junho.

Mas por enquanto as negociações acontecem somente com pequenas e médias redes supermercadistas. Isael quer mostrar a gigantes como Pão de Açúcar, Carrefour e Walmart que o produto vai ser bem aceito e assim, quem sabe, conseguir algum desconto nas pesadas verbas de introdução exigidas pelos líderes de mercado quando um produto novo é lan- çado.

“Tenho que mostrar que o produto vende”, diz Isael. Para todas as classes As barras de chocolate Camp de 50 e 130 gramas terão em sua fórmula apenas 25% de cacau, mas o empresário afirma que o foco não será apenas nas classes populares. “Estes consumidores querem comprar o que a classe A consome. Portanto, nossa ideia foi fazer um produto de qualidade para todos os públicos”, afirma.

O empresário entra no segmento em um momento delicado para sua principal concorrente, a Kraft Foods Brasil. A fabricante de doces e bebidas enfrenta problemas sérios de imagem por causa de larvas encontradas por clientes em alguns chocolates produzidos pela companhia. Isael faz piada com a situação.

“Não compro mais chocolates deles”, diverte-se. Alimentos funcionais O próximo passo da General Brasil será o lançamento de produtos funcionais. Serão sucos com adição de nutrientes como o ômega 3, fibras e colágeno. A ideia é que estes itens estejam disponíveis no varejo até o final deste ano.

O empresário afirma que continua de olho em possíveis aquisições. “Não tenho um segmento específico em mente. Quero boas oportunidades”, diz. Em 2011, a companhia faturou R$192 milhões. A expectativa é alcançar crescimento entre 10% e 15% este ano.



Veículo: Brasil Econômico


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