Para aumentar as exportações brasileiras de café, a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) e a Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic) vão investir, entre 2008 e 2010, R$ 24,084 milhões em ações para promover o produto brasileiro no exterior. O novo projeto é voltado para países que têm um alto potencial de comercialização de café.
Entre as atividades que deverão ser organizadas estão Semanas Gastronômicas do Brasil em restaurantes renomados na América do Sul, Ásia e Europa, onde serão servidas comidas típicas brasileiras, juntamente com degustações do Café Brasil. Atualmente, os Estados Unidos são o principal mercado do produto brasileiro, com 70% das exportações. A idéia do projeto é promover o café em países como Panamá, Chile, Turquia, Cingapura, Japão, Coréia do Sul, Argentina, Chile, Portugal, Espanha, França, Polônia, Alemanha, entre outros.
O primeiro país que vai receber um grupo de chefs brasileiros é o Chile, onde irá acontecer o Congresso Mundial da Associação Mundial de Sociedades de Chefs. O café também será promovido por um time de baristas, o Brazilian Coffee Team, que vai servir diversos tipos de drinques com o produto, tudo para conquistar o paladar dos novos consumidores. Segundo o presidente da Apex, Alessandro Teixeira, em nota divulgada ontem (24) pela entidade, este é o momento de plantar no mercado mundial a imagem do Brasil como produtor e processador de cafés de excelente qualidade.
De acordo com dados da Abic, o Brasil é o maior produtor mundial de café, em 2007 o país produziu 33,4 milhões de sacas. Foram embarcadas 28,1 milhões de sacas no ano passado, classificando o país como o maior exportador do mundo. Além disso, o Brasil é o segundo maior mercado consumidor mundial, com 17 milhões de sacas consumidas. Segundo estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o país deve colher 45,5 milhões de sacas de café na safra 2008.
Essa não é a primeira vez que a Apex e a Abic se juntam para promover as vendas externas de café. Em 2002 as exportações eram da ordem de US$ 4 milhões, com as atividades das duas entidades as vendas chegaram em 2007 a US$ 26 milhões, valor que já foi superado nos primeiros 10 meses de 2008, quando as exportações de café torrado e moído atingiram US$ 34 milhões.
Veículo: DCI