O saldo de empregados no varejo na região metropolitana de São Paulo aumentou 4,1% em fevereiro na comparação com o mesmo mês de 2011, segundo a última pesquisa da FecomercioSP.
Apesar da alta, foi o menor crescimento dos últimos 12 meses. Em fevereiro de 2011, a expansão havia sido de 7%.
"Com uma base maior de contratados, fica difícil criar vagas líquidas", afirma Fábio Pina, da Fecomercio.
A queda no ritmo de contratações no varejo também é resultado do desaquecimento econômico.
"Ainda está em um nível saudável, mas, como tendência, preocupa", diz Eugenio Foganholo, consultor especializado no setor.
Foganholo não acredita que as medidas adotadas pelo governo, como a redução da taxa de juros, irão dar mais velocidade às vendas.
"As medidas ajudam, mas não asseguram que a curva volte para cima. A perspectiva é que o ritmo permaneça em queda até o final do ano."
O economista da Fecomercio, porém, afirma que as políticas do governo devem resultar em efeitos positivos no segundo semestre.
Pina também diz que, como o número de admissões está em patamar elevado (45,5 mil em fevereiro), uma grande parcela de desligamentos pode ter ocorrido por decisão dos empregados.
"O que significa que o mercado permanece aquecido."
Veículo: Folha de S. Paulo