Dona da Zara põe roupa íntima no varal das brasileiras

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Oysho, marca de lingerie da Inditex, tem a mesma “pegada” da Vitoria Secrets. Chegada ao Brasil deve acontecer em 2013

 

A crise na abertura do shopping JK Iguatemi, da WTorre, apagou o brilho da entrada de várias marcas famosas no país, dentre elas a primeira unidade da Zara Home. Mas nada que comprometesse os planos para o Brasil da espanhola Inditex, proprietária da rede. Sem grande pompa, a holding estuda trazer também sua rede de lingerie, a Oysho, que tem 483 lojas

em várias partes do mundo.

 

Paralelamente à busca de pontos de vendas para as lojas de cama, mesa e banho, a Inditex já está prospectando os espaços para as lojas de lingerie. Segundo apurou o BRASIL  ECONÔMICO, os investimentos neste nicho devem entrar no plano de negócios da companhia apenas no próximo ano. E ainda dependem de a Inditex conseguir manter as condições financeiras favoráveis.

 

A holding vem sendo pressionada com a redução da venda em seu mercado principal, a Espanha, por conta da crise que assola o país. E tem segurado os resultados com a expansão m países emergentes. No ano passado, inclusive, as vendas surpreenderam. A varejista fechou 2011 com vendas líquidas de ¤ 13,8 bilhões, 10% acima do registrado em 2010. O lucro líquido no período teve alta de 12% em ¤ 1,9 bilhão. 

 

A Zara ainda é a marca que tem maior participação nos negócios do grupo. Foram ¤ 8,9  bilhões em vendas em 2011, alta de 10% em relação ao mesmo período de 2010. Em comparação, a Zara Home registrou faturamento de ¤ 317 milhões no ano passado, aumento de 8% em relação a 2010. E a Oysho, ¤ 331 milhões, 3% acima.

 

Investimento

 

Para 2012, a companhia divulgou investimentos de ¤ 950 milhões na abertura de 480 lojas de suas nove marcas em todo mundo, além da abertura do varejo online na China no segundo semestre.

 

A Inditex não divulga os aportes que serão investidos no país. Desde 1999 no país, a Inditex passou por dificuldades, como recente envolvimento de seus fornecedores com trabalho escravo de imigrantes, que atrasaram seu desenvolvimento. No ano passado, por exemplo, a Zara ganhou apenas duas lojas, somando 32 pontos de vendas no país. Neste ano, foi aberta uma unidade em Blumenau e também duas lojas que foram fechadas para reforma em São Paulo.

 

A rede trabalha com uma estrutura transversal de investimentos na América, a partir dos EUA em direção ao Sul. “Isso explica porque a Venezuela tem mais lojas do que a Argentina”, diz o especialista em varejo Silvio Laban, do Insper. 

 

No México, a rede conclui neste ano o lançamento de todo seu leque de marcas, com a entrada da Stradivarius, rede de moda urbana para mulheres de 18 a 35 anos. E deve seguir o mesmo caminho no Brasil.

 

“A Inditex trabalha com um modelo de preço centralizado. Na etiqueta de um produto vão os preços de vários mercados. E com os impostos do Brasil é sempre mais difícil chegar a um denominador comum”, diz Laban. Ele afirma, no entanto, que a Oysho deve encontrar um próspero mercado no país. “Trata-se de uma loja bem ambientada, que trabalha com o conceito romântico, nos mesmos moldes que a Victoria’s Secret trabalhava no começo. Falta só saber como eles vão acertar o tamanho ao corpo da brasileira.” 

 

 

Veículo: Brasil Econômico

 


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