Para gestor de riscos, setor terá ano ruim, já que aperto financeiro é sentido durante esta safra.

Neste mês, o açúcar é uma das commodities que teve o pior desempenho, com queda de 7,2%, ficando atrás apenas da soja, algodão e suco de laranja. Mesmo assim, se compararmos semana a semana, o mercado de açúcar em Nova Iorque fechou em leve alta, na última semana, um recomeço para o setor.

"Essa alta ainda não é nada substancial, mas considerando a desvalorização do real em relação ao dólar, até que a performance do açúcar não foi das piores. Fechou a semana cotado no vencimento julho em 20,47 centavos de dólar por libra-peso, uma alta de 25 pontos em relação ao fechamento da semana passada, ou seja, 5,50 dólares por tonelada melhor", comenta Arnaldo Luiz Corrêa, gestor de riscos e diretor da Archer Consulting.

De acordo com estudos de estimativa da Archer Consulting - empresa de gestão de riscos, especializada em commodities agrícolas -, o custo da produção, considerando o Consecana médio da safra e o dólar médio dos últimos 30 dias, é de 36,1363 reais por saca na usina sem custo financeiro.

Para Corrêa, o setor ainda acredita que o ano poderá ser difícil, uma vez que o aperto financeiro será sentido durante esta safra. "Difícil saber se teremos aquisições e consolidações, de qualquer forma, o fato é que o setor está novamente em um período de análise profunda. Existe uma tendência de que as usinas com problemas financeiros continuem a aprofundar suas crises de fluxo de caixa, que deverão abrir espaço para compra. Porém não aos níveis que vimos nos últimos anos", completa o gestor de riscos.




Veículo: Diário do Comércio - MG