Dois portos de Santa Catarina, o de Itajaí e o de Navegantes, estão com as operações de embarque e desembarque de mercadorias paralisadas em função da enchente registrada no último final de semana. O diretor executivo do porto de Itajaí, Marcelo Werner Salles, calcula que o prejuízo atingiu US$ 166,6 milhões em receitas cambiais entre sexta-feira e esta terça-feira. "Sem contar a geração de ICMS, ISS, pagamento de fornecedores, entre outros", diz Salles.
Itajaí respondeu por aproximadamente metade do valor da movimentação portuária catarinense de janeiro a outubro, que foi de US$ 10,2 bilhões. No porto de Navegantes, o diretor superintendente da Portonave, Osmari de Castilho Ribas, afirma que as perdas na movimentação econômica serão expressivas, mas nenhum cálculo ainda foi feito.
Salles afirma que a velocidade da correnteza do Rio Itajaí-Açu chegou a 13 nós, quando o normal é um nó, e danificou os berços de atracação um, dois e três. Segundo ele, os berços estão pendurados e parte do pavimento foi arrastado pelas águas. O local terá que passar por uma rigorosa avaliação técnica, que será realizada assim que as condições climáticas permitirem. Uma equipe de engenharia do Exército Brasileiro, que está em São Francisco do Sul, será responsável por avaliar tecnicamente os estragos. "Os municípios estão em situação de calamidade e a prioridade é auxiliar as pessoas atingidas pelas cheias", diz Ribas.
Veículo: Gazeta Mercantil