Cesta básica atinge maior valor do ano na região

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Os moradores  do Grande ABC pagaram mais caro para encher o carrinho em maio. O valor médio da cesta básica na região foi de R$ 370,90, o maior preço do ano, que só se equipara a dezembro, quando, por conta da alta demanda das festas de fim de ano, os custos dos produtos são pressionados para cima. Em abril, o pacote dos itens de primeira necessidade saía por R$ 366,49, R$ 4,41 a menos. As informações foram coletadas pela Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André) e divulgadas ontem.

Os produtos que puxaram o encarecimento foram: feijão, cebola, tomate e alface. No caso do feijão-carioca, que tem sido, há algumas semanas, o vilão do bolso do consumidor, o preço do pacote de um quilo, em torno de R$ 4,66, começa a sinalizar queda. Porém, o item ainda é vendido muito acima do valor praticado um ano atrás, R$ 2,34. Em comparação a abril, está R$ 0,21 mais caro. "O problema do feijão é que no ano passado ele estava muito barato e isso desestimulou os agricultores, que migraram para outras culturas mais rentáveis, a exemplo da soja", explica o engenheiro agrônomo da Craisa, Fábio Vezzá De Benedetto. "Com quantidade menor de produtos neste ano, o preço subiu, já que, neste caso, o que determina o valor não é a demanda, que é estável, mas a oferta."

A explicação é a mesma para a cebola, cujo quilo está até R$ 1 mais caro do que no ano passado. Em maio, seu preço médio era de R$ 2,31, ou R$ 0,32 a mais do que em abril. "Com oferta menor no Estado de São Paulo, temos de recorrer à produção de Santa Catarina e Argentina que, por conta do frete, o preço é elevado."

O tomate, segundo Benedetto, tradicionalmente é mais caro nesta época do ano, pois é prejudicado pelas chuvas de março, quando é plantado. O preço, de R$ 2,68, porém, é menor do que o do mesmo período no ano passado, de R$ 3,15. Em relação a abril, está R$ 0,34 mais caro.

A alface, que custava R$ 1,37 em maio de 2011, no mês passado estava em R$ 1,76, valor R$ 0,27 maior que em abril. "Essa alta não tem explicação, pois nesta época a procura pelo item é baixa."



Veículo: Diário do Grande ABC


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