Líder em componente, Amazonas quer varejo como principal receita

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O Grupo Amazonas, líder nacional na venda de solados, entrou para o negócio de licenciados com a fabricação de sandálias da marca Colcci. Em setembro, as marcas Triton e Forum vêm fortalecer o portfólio da empresa, que planeja no longo prazo ter a venda de produtos voltados para o consumidor final como principal fonte de receita, superando a venda de componentes para a indústria como seu maior negócio.

"Quando começamos, em Franca (SP), existíamos apenas nós e a MSM como fabricantes de solados, hoje são 83 empresas. Então, por conta da concorrência, vimos a necessidade de expandir nossa atuação", diz o gerente de Marketing da empresa, Ariano Novaes.

Assim, ao Grupo entrou no segmento de colas para uso doméstico, pisos reciclados e, em outubro de 2011, lançou a Amazonas Sandals, linha própria de sandálias. Trabalhando há cinco ano com private label, sendo responsável apenas pela fabricação para terceiros, agora a companhia expande sua presença direta no varejo, através das marcas licenciadas.

A empresa, que faturou R$ 370 milhões em 2011, projeta crescimento de 16% este ano, atingindo R$ 430 milhões. As sandálias ainda representam apenas 9% do faturamento. "A expectativa é que a receita com vendas ao consumidor superem o B2B (business-to-business). Não deve acontecer antes de cinco anos, mas trabalhamos para isso", afirma Novaes.

A empresa está investindo R$ 1,5 milhão na etapa de divulgação dos novos produtos, com a participação em feiras e ações de divulgação ao varejo. Atualmente, está presente em 1,3 mil pontos de vendas, mas planeja chegar a 3 mil até o fim do ano. A produção - feita em duas das 11 fábricas do grupo - está em 450 mil pares ao mês, mas deve dobrar até o carnaval, atingindo 1 milhão de pares ao mês.

Setor

Levantamento da Pyxis Consumo, ferramenta do Ibope Inteligência, estima que os brasileiros devem gastar R$ 36,57 bilhões em calçados neste ano, aumento de 15,29% sobre 2011.

No entanto, nem todo esse crescimento deve se refletir na indústria calçadista: a Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) estima crescimento na produção entre 3% e 3,5% no ano. Já o Instituto de Estudos e Marketing Industrial (IEMI), mais pessimista, antevê queda de 1,6%. Em 2011, a produção caiu 8,4%.

O setor realiza até sexta feira a Feira Internacional da Moda em Calçados e Acessórios, em São Paulo (Francal). "O ambiente é de otimismo, o setor espera no segundo semestre reverter um primeiro semestre morno e a Francal deve ser a vitrine disso", diz o presidente da Francal Feiras, Abdala Jamil Abdala.



Veículo: DCI


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