Coopertextil volta a crescer com cobertores Parahyba

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Depois de décadas traumáticas e imbróglios jurídicos, a produção dos famosos cobertores Parahyba volta a crescer pelas mãos dos funcionários que se organizaram em cooperativa para assumir a Tecelagem Parahyba, em São José dos Campos, interior de São Paulo, dando origem à Coopertextil. A empresa faz planos de crescimento de 25% para este ano e já estuda a implantação de uma nova unidade fabril na região do Vale do Paraíba.

"O nascimento da cooperativa foi marcado pela reciclagem da mão de obra e conscientização sobre cooperativismo por meio de cursos promovidos pelo Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop/SP). Os funcionários passaram a decidir sobre mudanças de processos produtivos e o primeiro setor a receber investimentos e modernização foi o da fiação, considerado o coração da fábrica. Essas mudanças fizeram com que a cooperativa se tornasse competitiva", ressalta o diretor presidente da Coopertextil, Paulo Roberto Palmeira.

Palmeira explica que a empresa vive uma das melhores fases após o período de recuperação. "Este é o momento que a Coopertextil se prepara para voos mais altos", comemora. A empresa está no limite de sua produção e uma das maneiras, por enquanto, de atender à demanda é aumentar os turnos. O otimismo para 2012 é bem maior, mesmo considerando a concorrência dos produtos chineses, que chegam ao mercado brasileiro com custos que mal cobrem a compra da matéria-prima. O plano é vender 1,2 milhão de peças, número 20% superior ao do ano passado.

Para ganhar novos mercados, a empresa ainda diversificou a produção. Em 2004, deu início à pesquisa para desenvolvimento de uma nova linha composta por materiais cirúrgicos - ataduras, gazes e tampões cirúrgicos. Em 2006, esses produtos chegam ao mercado e hoje representam 35% do faturamento da Coopertextil.

No passado, a empresa ocupou a posição de maior fábrica de cobertores da América Latina, atendendo 80% do mercado e exportando para 98 países. Hoje, a produção de cobertores responde apenas por 1,5% do mercado. A Tecelagem Parahyba pertencia à família do senador Severo Gomes, morto em acidente aéreo junto com o deputado Ulisses Guimarães.



Veículo: Diário do Comércio - MG


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