Governo avalia dívidas de citricultores

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8 milhões de caixas de 40,8 quilos de laranjas já se perderam nos pomares paulistas por falta de compradores para as frutas


O governo estuda prorrogar por um ano todas as dívidas de custeio e investimento dos citricultores, segundo o secretário executivo do Ministério da Agricultura, José Carlos Vaz. O assunto foi discutido na sexta-feira, na câmara setorial de citricultura, em Brasília.
 
O presidente da câmara, Marco Antonio dos Santos, calcula que 8 milhões de caixas de 40,8 quilos de laranjas se perderam nos pomares paulistas por falta de compradores para as frutas, que deixaram de ser colhidas. O tamanho da perda pode ser ainda maior, caso o setor não encontre uma alternativa para escoar a produção de laranja que excede a capacidade de armazenamento de suco por parte da indústria.
 
De acordo com Santos, o governo estuda criar uma linha de investimento com prazo de cinco anos para pagamento e juros de 5,5% ao ano, para financiar a manutenção dos pomares e evitar o abandono e a disseminação de pragas e doenças.
 
Os citricultores ainda não conseguiram do governo uma saída para o escoamento da fruta excedente. As indústrias alegam que iniciaram esta safra com estoques elevados e não têm como absorver toda a laranja que será produzida no ano, em função da retração das exportações, devido às restrições dos Estados Unidos ao suco concentrado (por causa do fungicida carbendazim) e ao desaquecimento da economia europeia.
 
Uma opção apresentada ao governo foi a liberação de recursos para processamento da laranja pelas indústrias e preparo do suco concentrado em embalagens de papelão que seria distribuído em escolas. Santos calcula que o custo seria de R$ 4 por embalagem de 1,2 kg, que pode proporcionar 5 litros de suco. Em sua opinião, R$ 100 milhões seriam suficientes para escoar 7 milhões de caixas de laranja.
 
Na semana passada, Santos apresentou a proposta ao governo paulista que, a exemplo do Ministério da Agricultura, ficou de analisar o assunto para responder em alguns dias. Ele diz que o problema da demora é que a cada dia os prejuízos aumentam, pois a safra começou há 45 dias e as indústrias ainda não abriram preços para compra da laranja. 


Veículo: Diário do Comércio - SP


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