Venda do Carrefour cai, mas ação sobe na França

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O Carrefour exibiu ontem os primeiros sinais de que os esforços para reanimar seus hipermercados na França começam a dar resultados, o que levou as ações da varejista a fecharem em alta superior a 6%.

A segunda maior rede de supermercados do mundo vem buscando revigorar seus hipermercados na França, onde se vê pressionada por rivais mais dinâmicos e por consumidores que passaram a gravitar em torno a lojas menores.

O Carrefour mudou de comando neste ano e trocou o sueco Lars Olofsson, conhecido por ser especialista em marketing, por Georges Plassat, um veterano do varejo, que embarcou em um plano de recuperação de dois anos.

As vendas dos hipermercados abertos há pelo menos um ano na França, excluindo seus postos de gasolina, caíram 5,7% no segundo trimestre. O diretor de finanças da rede, Pierre-Jan Sivignon, no entanto, afirmou que os esforços para impulsionar os hipermercados, como adotar constantemente preços baixos, começam a fazer a diferença. "No fim do primeiro trimestre e no segundo ficamos em melhor posição em comparação à que estávamos em outubro do ano passado", afirmou.

Ressaltou, entretanto, que ainda não estão "cantando vitória", já que o Carrefour precisa ver a continuidade desses números nos próximos trimestres. Pela primeira vez em muitos trimestres, as vendas de alimentos em lojas com mais de 12 meses na França ficaram em terreno positivo. "Cruzamos essa linha no segundo trimestre", disse Sivignon. "Isso, obviamente, é uma grande notícia para nós."

Na América Latina, as vendas excluindo impacto cambial e potos de gasolina em lojas com mais de um ano cresceram 7,8%.

As vendas de itens não alimentícios na França foram afetadas pelas condições climáticas, que prejudicaram as vendas de roupas de verão, equipamentos de camping e móveis de jardim, segundo o diretor financeiro.

Foram detectados, no entanto, sinais de estabilidade nas vendas não alimentícias na Espanha, reflexo dos esforços para mudar a linha de produtos não alimentícios oferecidos, segundo Sivignon.

O declínio das vendas de itens não alimentícios no Sul da Europa havia sido um dos fatores que levaram o Carrefour a alertar em outubro passado sobre os lucros, o quinto comunicado do tipo em 12 meses. As vendas totais no segundo trimestre caíram 0,3%, para € 21,7 bilhões, sendo que no primeiro semestre houve alta de 0,9%, para € 43,7 bilhões.

Excluindo efeitos cambiais, as vendas das lojas abertas há mais de um ano, excluindo gasolina, caíram 0,5%. Na França, excluindo postos de gasolina, as vendas de lojas comparáveis caíram 1,8%, enquanto no resto da Europa houve declínio de 3,1%.



Veículo: Valor Econômico


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